Nas últimas décadas, a China transformou radicalmente seu papel na indústria automotiva, deixando de ser um mercado periférico para se tornar o centro gravitacional do setor automobilístico.
Dados recentes mostram que, em 2025, o país foi responsável por 38% de todas as vendas de automóveis do mundo, somando cerca de 3,3 milhões de unidades em apenas um mês.
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Assim, no acumulado do ano, a liderança chinesa é incontestável, tendo em vista que foram 27,65 milhões de veículos vendidos, garantindo uma fatia de mercado de quase 35% e superando com larga margem a soma dos volumes de outros países, como Estados Unidos, Índia, Japão e Alemanha.
O principal motivo para tamanho e significativo crescimento avassalador segue sendo a eletrificação, pois, pela primeira vez, os veículos de novas energias ultrapassaram a barreira simbólica da metade das vendas domésticas, representando 51,6% dos emplacamentos em outubro.
Esse cenário de alta demanda e escala industrial permitiu que montadoras locais, como BYD, Geely e Chery, ingressassem no ranking das dez maiores fabricantes do planeta, pressionando marcas tradicionais que avançam de forma mais lenta na transição energética.
A influência chinesa já altera a estratégia das gigantes ocidentais, que buscam parcerias para não perder competitividade. Movimentos como o da Stellantis, que se associou à Leapmotor, e da Chevrolet, que aposta em projetos de origem asiática, demonstram que a indústria global agora precisa reagir ao ritmo ditado por Pequim.
Enquanto mercados como Rússia e México desaceleram, a China segue expandindo sua tecnologia e volume, tornando-se indispensável para a balança comercial do setor automotivo mundial.




