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Boris Johnson renuncia e Inglaterra sangra em meio a Guerra

Foto: Reprodução/Instagram
Foto: Reprodução/Instagram

Premiê ficará no cargo de forma interina até que seu substituto seja escolhido

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou ao cargo de premiê nesta quinta-feira (7). Em um anúncio breve, Johnson informou que seguirá no posto de forma interina até a escolha de seu substituto. Ele ficou pouco mais de três anos na função após substituir Theresa May. A mudança deve acontecer em outubro.

Boris Johnson assumiu o cargo em julho de 2019, quando foi eleito em votações internas do Partido Conservador para substituir Theresa May, que havia renunciado ao posto. Nos últimos meses, porém, uma série de escândalos marcaram os noticiários a respeito de sua administração.

A crise aumentou após a renúncia de mais de 50 integrantes de sua gestão.

As polêmicas começaram com revelações sobre uma série de festas em Downing Street – residência oficial do governo britânico – durante o início da pandemia de Covid-19. O premiê também sofreu uma acusação de corrupção depois que mensagens revelaram que ele havia pedido fundos a um doador do Partido Conservador para reformar sua residência em Downing Street.

No entanto, a principal e mais recente causa da crise está ligada ao parlamentar Chris Pincher, demitido na última quinta-feira (30) em meio a alegações de que Johnson o havia nomeado para seu governo mesmo sabendo de acusações de má conduta sexual. Inicialmente, o Johnson negou que soubesse qualquer coisa a respeito da questão.

A situação envolvendo Pincher foi revelada no dia 30 de junho pelo jornal The Sun, que publicou que o parlamentar apalpou dois homens em um clube privado em Londres. Em poucos dias, a mídia britânica publicou informações de, pelo menos, seis outros casos de suposta conduta sexual inapropriada de Pincher nos últimos anos.

Após problemas para explicar a questão, a equipe de Johnson disse que ele tinha conhecimento das acusações, mas que elas haviam sido “resolvidas”. Na manhã de terça (5), um ex-funcionário público do Ministério das Relações Exteriores revelou que Johnson havia sido informado pessoalmente sobre o resultado de uma investigação a respeito de Pincher.

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