A Bolívia vai às urnas neste domingo (19) para o segundo turno das eleições presidenciais e, pela primeira vez em mais de 20 anos, o país deverá eleger um presidente de direita, rompendo com a longa hegemonia do MAS (Movimento ao Socialismo), partido que dominou o poder durante as gestões de Evo Morales e seus sucessores. A disputa coloca frente a frente o senador Rodrigo Paz Pereira, do Partido Democrata Cristão (centro-direita), e o ex-presidente Jorge “Tuto” Quiroga, da Aliança Livre (direita).
Rodrigo Paz terminou o primeiro turno na frente, com 32,14% dos votos, mas chega à reta final pressionado pelas pesquisas, que indicam leve vantagem de Quiroga. O ex-mandatário, que obteve 26,81% na primeira etapa, liderou o último levantamento do instituto Ciesmori, divulgado pela imprensa boliviana. Apesar disso, o cenário segue indefinido: 20% do eleitorado ainda não havia decidido seu voto a dez dias do pleito, segundo o mesmo estudo.
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A eleição ocorre em meio ao desgaste do projeto político da esquerda boliviana, marcado por denúncias, instabilidade institucional e pela crise econômica que se aprofundou nos últimos anos. Com esse histórico ainda vivo na memória da população, o MAS foi excluído do segundo turno, resultado que simboliza uma mudança de ciclo no país.
O próximo presidente terá pela frente o desafio de reconstruir a confiança interna, retomar o crescimento e reaproximar a Bolívia de parceiros econômicos internacionais — pontos que serão decisivos para o rumo da política e da economia bolivianas após duas décadas de domínio do socialismo local.
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