Um avião de passageiros Antonov An-24, operado pela Angara Airlines, caiu nesta quinta-feira na região do Amur, no extremo Oriente russo, matando todas as 48 pessoas a bordo, entre elas 42 passageiros (cinco crianças) e seis tripulantes .
A aeronave, fabricada em 1976, desapareceu dos radares por volta das 13h05 (UTC+10) durante sua segunda aproximação ao aeroporto de Tynda, após decolar de Blagoveshchensk, cidade na fronteira com a China . As condições de visibilidade eram ruins, e investiga-se se erro de pilotagem em tais circunstâncias contribuiu para o acidente .
Um helicóptero Mi-8 da Rosaviatsiya localizou a fuselagem em chamas a cerca de 15 quilômetros ao sul de Tynda, em área de floresta densa, dificultando o acesso das equipes de resgate . O Ministério de Situações de Emergência informou via Telegram que não foram encontrados sinais de sobreviventes no local .
O Antonov An-24, apelidado de “trator voador” pela robustez em regiões inóspitas, tem sofrido com a escassez de peças de reposição devido a sanções internacionais, o que agrava seu envelhecimento operacional. Embora estivesse programado para ser substituído por modelos mais modernos — como o projetado “Ladoga” —, sua aposentadoria completa só deve ocorrer a partir de 2027 .
Entre as vítimas, havia um cidadão chinês, segundo confirmação da agência Xinhua .
As autoridades russas abriram um inquérito criminal por suspeita de violação das normas de tráfego aéreo e transporte, e o governador da região de Amur, Vasily Orlov, decretou luto oficial de três dias .
Voar em áreas remotas do extremo Oriente da Rússia é considerado arriscado devido às condições meteorológicas extremas e à limitada infraestrutura de apoio, fatores que historicamente contribuíram para acidentes envolvendo aeronaves envelhecidas .
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