Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato do Partido Republicano à Presidência, fez sua primeira aparição pública depois da tentativa de assassinato que sofreu durante um comício no sábado 13.
Na segunda-feira 15, Trump foi à convenção republicana em Milwaukee, Wisconsin, com um curativo na orelha ferida durante o atentado.
Recebido com fortes aplausos, os apoiadores de Trump gritavam “lute! lute!” enquanto erguiam os punhos, em referência à reação de Trump depois do ataque no sábado 13, quando ele levantou o braço para a plateia antes de ser retirado do palco.
A convenção, que começou na segunda e vai até quinta-feira, 18, confirmou a indicação de Trump como candidato do partido à Casa Branca.
Durante a convenção, Trump anunciou J.D. Vance, senador por Ohio, como seu candidato a vice-presidente. Vance, de 39 anos, foi escolhido com o objetivo de conquistar votos entre a classe operária branca de áreas empobrecidas dos EUA. Trump ressaltou a lealdade de Vance, que afirmou que, ao contrário do então vice-presidente Mike Pence, teria seguido as instruções de Trump em 6 de janeiro de 2021.
Depois de agradecer aos aplausos dos apoiadores e cumprimentar Vance, Trump se posicionou ao lado do vice para assistir aos discursos da convenção. A escolha de Vance também é um aceno à ala mais conservadora do partido, pois o senador apoia a proibição do aborto em todo o país, uma medida que ganhou força depois que a Suprema Corte decidiu, em 2022, que a decisão cabe a cada Estado.
Vance responsabilizou os democratas pelo atentado contra o republicano, afirmando que “a proposta central da campanha [de Biden] é a de que [Trump] é um fascista autoritário que deve ser impedido a qualquer custo”. “Essa retórica levou diretamente à tentativa de assassinato”, escreveu Vance em seu perfil no Twitter/X depois da tentativa de assassinato no sábado.