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Ao lado de Maduro, Lula defende união de países latino-americanos

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta segunda-feira (29) a união de países latino-americanos durante entrevista coletiva de imprensa ao lado de Nicolás Maduro. 

“A América do Sul precisa trabalhar como bloco. Não dá pra imaginar que, sozinho, um país vai resolver os seus graves problemas que já perduram mais de 500 anos”, defendeu o presidente brasileiro.

“Se a gente estiver junto, nós temos 450 milhões de pessoas, a gente tem um PIB de quase US$ 4,5 trilhões. A gente tem força no processo de negociação e é por isso que esse momento [cúpula] é importante”, completou.

Cúpula

A partir desta terça-feira (30), chefes de Estado de países da América do Sul se reúnem em Brasília, no Palácio Itamaraty. Os presidentes de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela confirmaram presença. Um encontro desse porte não ocorre há, pelo menos, sete anos.

“O principal objetivo desse encontro é retomar o diálogo com os países sul-americanos, que ficou muito truncado nos últimos anos, e é uma prioridade do governo Lula. Temos consciência que há diferença de visão e diferenças ideológicas entre os países, mas ele [Lula] quer reativar esse diálogo a partir de denominadores comuns com os países”, explicou a embaixadora Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe do Ministério das Relações Exteriores (MRE), na última sexta-feira (26).

Embora o governo brasileiro evite apontar uma proposta específica, há a expectativa de que os presidentes discutam formas mais concretas de ampliar a integração, incluindo a possibilidade de criação ou reestruturação de um mecanismo sul-americano de cooperação, que reúna todas as nações da região. Atualmente, não existe nenhum bloco com essas características.

Maduro pede investimentos

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo aos empresários brasileiros para que voltem a fazer negócios investindo em seu país.

No discurso, o substituto de Hugo Chavéz expressou seu sentimento de manter uma boa relação comercial com o Brasil e criticou o movimento de direita que fez com que os dois países rompessem diplomaticamente nos últimos quatro anos.

“Esperamos que ninguém nunca mais feche as portas entre o Brasil e a Venezuela” declarou Maduro que, durante o governo de Jair Bolsonaro, ficou impedido de entrar no país e não teve sua liderança reconhecida. Na época, o governo brasileiro aceitou seu opositor, Juán Guaidó, como presidente da Venezuela.

Para atrair os empresários brasileiros, Maduro falou que seu país está crescendo após eles adotarem uma “economia de guerra” por conta de todas as resistências que a nação passou a enfrentar.

“A resistência nos levou a uma economia de guerra e assim podemos trilhar um caminho para o crescimento. No ano passado, nossa economia cresceu 15% e este ano, segundo o FMI, teremos um crescimento de 5%” adiantou.

E continuou:

“A Venezuela está de portas abertas, com todas as garantias, para os empresários brasileiros, para que voltemos ao tempo de trabalho conjunto, de investimento e crescimento econômico”.

De acordo com o site do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Venezuela deve 722 milhões de dólares (aproximadamente R$ 3,6 bilhões). O cálculo foi feito com a atualização dos valores até março de 2023.

EUA oferecem recompensa

Enquanto “desfila” pelo território brasileiro com todas as honras de um chefe de Estado, o ditador venezuelano Nicolás Maduro é procurado há mais de três anos pela maior economia do mundo com uma recompensa milionária oferecida por informações que levem à prisão dele.

Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que estava oferecendo 15 milhões de dólares (R$ 75 milhões) como recompensa por informações que levassem à captura de Maduro. Além dele, o governo estadunidense também estipulou valores para a prisão de outros integrantes do alto escalão chavista.

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