Matthew Schwartz e Martin De Luca, os advogados que representam Donald Trump no processo contra o ministro Alexandre de Moraes, compartilham uma credencial de elite: ambos são ex-procuradores do Distrito Sul de Nova York, considerada a jurisdição mais prestigiosa e poderosa dos Estados Unidos, conhecida por lidar com os casos mais complexos de Wall Street e do crime organizado.
Schwartz, atual presidente do prestigioso escritório Boies Schiller Flexner, serviu por uma década (2005-2015) como procurador federal em Manhattan, onde liderou a força-tarefa de Fraudes em Valores Mobiliários e Commodities. Neste papel, conduziu algumas das maiores investigações financeiras do país, incluindo o megaesquema Ponzi de Bernie Madoff e o escândalo “London Whale” do JPMorgan. Descrito pela Forbes como um “assassino metódico no tribunal” com “foco e precisão laser”, sua excelência foi reconhecida com três prêmios John Marshall – a mais alta honraria concedida a advogados pelo Departamento de Justiça americano.
De Luca, que também construiu sua reputação como Promotor Especial Assistente no mesmo Distrito Sul de Nova York, ganhou destaque nacional na última semana ao liderar com sucesso as negociações para a libertação de Marc Fogel, professor americano que estava preso há mais de dois anos em uma colônia penal russa por porte de cannabis medicinal. O caso, que dominou os noticiários americanos, é mais um exemplo da expertise de De Luca em casos internacionais sensíveis. Elogiado pela Chambers & Partners como um “advogado excelente e extremamente sofisticado”, ele se destacou em investigações de corrupção pública, fraudes complexas e terrorismo, trabalhando em estreita colaboração com o FBI e agências de inteligência americana.
*Por Paulo Figueiredo