Goinfra recupera área degradada de 160 hectares para ativar o Aeroporto de Cargas em Anápolis-GO

Fotos: Silvano Vital/Agência Cora
Fotos: Silvano Vital/Agência Cora
A situação que impede a conclusão das obras para o funcionamento pleno do Aeroporto de Cargas de Anápolis está próxima da resolução definitiva. Impassada sobre a resolução de danos ambientais desde a construção, entre 2010 e 2012, a área é foco de uma grande intervenção. Estudos técnicos realizados pela Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) constataram negligência na execução da drenagem pluvial referente ao projeto original. O erro desencadeou a degradação em uma área de 160 hectares, o equivalente a 224 campos de futebol.

Maior obra de recuperação ambiental do estado

Considerada a maior obra de recuperação ambiental em curso em Goiás, equipes técnicas da autarquia realizam, há 60 dias, um trabalho em caráter emergencial. O objetivo é reverter os passivos ecológicos, que consistem em processos erosivos com níveis de complexidade variados. Os problemas envolvem comprometimento da pista existente e incluem zonas de assoreamento e três pontos críticos representados por voçorocas — o estado mais grave do processo erosivo.

O investimento previsto pelo governo de Goiás alcança os R$ 38 milhões. A direção da Goinfra reitera que o objetivo é entregar a recuperação o mais rápido possível, com término da primeira etapa previsto para antes do início efetivo do período chuvoso, entre novembro e dezembro. A gestão considera o empreendimento indispensável ao desenvolvimento de Anápolis.

 

Soluções em curso e a origem do problema

O caráter de urgência da iniciativa é reforçado pela análise técnica, que aponta estruturas de degradação interligadas. Os danos precisam ser tratados simultaneamente, uma vez que o problema está em constante evolução e pode ser agravado por novas intempéries. O plano de recuperação é composto por seis etapas principais: instalação da drenagem pluvial adequada, correção dos processos erosivos, reconstrução da cabeceira da pista, desassoreamento, reflorestamento e revegetação das áreas.

Quatro etapas iniciais já estão em curso e devem ser concluídas ainda durante o período de estiagem. Isso inclui a construção dos elementos de drenagem ignorados pelo projeto original. Após a recuperação do passivo ambiental será possível concluir as obras de implantação do aeroporto de cargas.

Estudos orientados pela Goinfra expõem que a origem do passivo ambiental remonta ao início da década de 2010, quando a empresa contratada falhou ao não implantar sistema adequado de drenagem pluvial. O processo erosivo se agravou entre os anos de 2015 e 2016, quando a situação já podia ser constatada por imagens de satélite. A falta de planejamento da drenagem ignorou o sistema que poderia evitar os estragos, fazendo com que o terreno experimentasse todas as etapas do processo erosivo.

Metas para o desenvolvimento futuro

Anápolis é considerada uma cidade privilegiada por sua logística, estando próxima de Goiânia e de Brasília, e margeada por ferrovias, além das BRs 060 e 153. A direção da Goinfra acredita que o aeroporto valorizará ainda mais suas qualidades do ponto de vista econômico e logístico, o que alavancará os potenciais de desenvolvimento de todo o estado.

Após a conclusão de todas as intervenções necessárias, o aeroporto será devolvido à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em condições de reinvestimento na pista. Há duas metas principais para 2026: homologar parcialmente a pista para recebimento de pousos e decolagens e ampliar a infraestrutura para que o sítio volte a operar para sua finalidade. O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, projeta que o Aeroporto de Cargas trará um novo ciclo de desenvolvimento para a cidade.

 

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