Caiado endurece o discurso na Jovem Pan: diz que Brasil “é o último no BRICS” e reitera independência ao bolsonarismo

Governador de Goiás - Foto: reprodução
Governador de Goiás - Foto: reprodução

Em entrevista à TV Jovem Pan na noite desta segunda-feira (18), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), adotou tom mais agressivo ao criticar o governo Lula e posicionar-se como alternativa de centro-direita. Reconheceu baixa lembrança nacional fora do Centro-Oeste, mas disse que quer “debate” para que os eleitores “avaliem quem tem condições de promover as mudanças” no país. Sem citar nomes, afirmou não precisar do aval da família Bolsonaro para se viabilizar: “Eu não preciso de aval de ninguém para dizer onde estou. Sempre estive no mesmo lugar”.

No trecho mais polêmico, Caiado descreveu o Brasil atual como “quase o último país no BRICS e um país insignificante no G20”, associando o diagnóstico à condução do governo federal. Em outro momento, ironizou o que chama de desorientação institucional: “Um governo que não sabe qual é o processo político no Brasil — se é parlamentarismo, semipresidencialismo, monarquia — ou se é um presidencialismo sem forma implantado pelo atual governo”.

O governador fez questão de vincular sua trajetória a uma marca de “coerência” e “autoridade moral”: “Vocês nunca me viram envolvido em corrupção, bandalheira ou negociata. Sempre fui um homem de centro-direita, que faz política no debate e no argumento”. Ele reconheceu a desvantagem inicial de visibilidade (“sou um pré-candidato pouco conhecido”) e lançou uma metáfora para sua estratégia de crescimento: “Minha campanha é como a música sertaneja: no decorrer do tempo, vai ganhando o coração dos brasileiros”.

Questionado sobre a falta de apoio explícito do bolsonarismo, Caiado reforçou a ideia de autonomia: “Não capitulei. Tenho uma história de coerência. Não migrei e voltei”. Ao defender que compareça a debates nacionais, sustentou que o eleitor precisa “saber quem será o próximo presidente da República e se terá condições reais de promover as mudanças que a sociedade deseja”.

Principais pontos da entrevista
• “O Brasil hoje se coloca quase como o último país no BRICS e um país insignificante no G20.”
• “Um governo que não sabe qual é o processo político no Brasil (…) como é o presidencialismo implantado pelo atual governo.”
• “Eu não preciso de aval de ninguém para dizer onde estou. Sempre estive.”
• “Vocês nunca me viram envolvidos em corrupção, bandalheira ou negociata.”
• “Sou um pré-candidato pouco conhecido; por isso, precisamos participar dos debates.”
• “Minha campanha é como a música sertaneja: com o tempo, vai ganhando o coração dos brasileiros.”

A entrevista ocorre em meio à disputa pela liderança do campo de centro-direita para 2026. Caiado, que se apresenta como alternativa moderada, tenta ampliar o reconhecimento fora do Centro-Oeste e transformar críticas ao governo federal em diferenciais de agenda. Ao prometer “mudanças” e invocar “autoridade moral”, busca ocupar espaço entre o eleitor antipetista que não se identifica necessariamente com a estratégia da família Bolsonaro.

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Biografia do autor
Hamilton Silva é jornalista há 13 anos, editor-chefe do portal DFMobilidade e economista pela Universidade Católica de Brasília. Vice-presidente do Rotary Club de Brasília e diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias (ABBP).

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