O céu do Distrito Federal têm ficado cheio de pipas, impulsionadas pelos ventos fortes e pelo clima seco. A atividade, embora tradicional, exige atenção redobrada de pedestres, ciclistas e, especialmente, motociclistas, que estão mais vulneráveis a acidentes envolvendo linhas cortantes.
O Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) alerta que a prática de soltar pipas, quando feita com o uso de cerol ou outros materiais cortantes, além de ilegal, representa um sério risco à segurança viária.
Para reduzi-los, o Detran tem distribuído antenas corta-pipa gratuitamente aos motofrentistas e mototaxistas por meio do programa Entregadores de App. Ainda assim, muitos motociclistas circulam sem o equipamento obrigatório.
O uso de cerol que seria a mistura de cola com vidro moído , potencializa os ferimentos causados por linhas de pipa. A legislação do DF, por meio da Lei nº 7.469/2024, proíbe a posse, fabricação, venda e uso de qualquer linha cortante.
De acordo com o Código de Trânsito, motocicletas utilizadas para transporte remunerado de mercadorias só podem circular com autorização do órgão de trânsito e antena corta-pipa instalada no guidomA prática de empinar pipas é permitida apenas em espaços abertos com área mínima de 500 metros quadrados, como praças e campos de futebol, desde que não ofereçam riscos a pessoas, veículos, residências, redes elétricas ou áreas destinadas à aviação.
A lei determina ainda que todas as ocorrências envolvendo linhas cortantes devem ser registradas pela Polícia Civil em campo específico, para controle estatístico.