Unidades são especializadas em atendimento para álcool e drogas e no atendimento do público infantojuvenil
Ceilândia, Guará, Taguatinga, Gama e Recanto das Emas terão, em breve, novas unidades dos centros de atendimento psicossocial (CAPs), que serão construídas com R$ 21 milhões de verba proveniente de emenda individual da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
O objetivo é melhorar a cobertura para consultas especializadas em saúde mental, atualmente deficitária no DF, e, dessa forma, diminuir os índices de suicídio e automutilação, especialmente entre jovens e adolescentes.
Os CAPS são serviços especializados de saúde mental de caráter aberto e comunitário, ou seja, inseridos na comunidade e que funcionam em regime de porta aberta, sem necessidade de agendamento prévio ou encaminhamento para ser acolhido no serviço.
Entre as unidades a serem construídas, quatro serão focadas no trabalho de prevenção e tratamento para vício em álcool e drogas, enquanto que a unidade de Ceilândia terá atendimento especializado para o público infantojuvenil.
“Brasília tem altos índices de automutilação e tentativas de suicídio, especialmente entre jovens, e creio que podemos salvar vidas com maior investimento em unidades que trabalhem tratamentos em saúde mental. Precisamos prevenir para salvar vidas”, explica a parlamentar brasiliense.
A assistência é realizada por equipe multiprofissional que atua sob a ótica interdisciplinar, composta por psiquiatras, clínicos, pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, equipe de enfermagem e farmacêuticos, a depender da modalidade do CAPS.
As atividades podem ser coletivas, como grupos de usuários, ou individuais. Após acolhimento inicial e avaliação da equipe, o cuidado nesses espaços é desenvolvido por meio de Projeto Terapêutico Singular (PTS), que envolve equipe, usuário e família.
Atualmente, há 18 CAPs de todas as modalidades distribuídos pelas Regiões de Saúde do DF.
Dados Alarmantes
Desde 2013, a quantidade de suicídios no Distrito Federal tem registrado aumento considerável.
De acordo com o InfoSaúde — página de dados da Secretaria de Saúde (SES-DF) —, há 10 anos, ocorrências do tipo representavam 6,6% do total de mortes consideradas violentas, que incluem homicídios, feminicídios e acidentes, por exemplo.
Em 2023, episódios do tipo corresponderam a mais de 14,8% do total.