O desembargador aposentado Sebastião Coelho, que ganhou notoriedade por sua oposição pública ao ministro Alexandre de Moraes e sua defesa dos acusados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, está se movimentando politicamente. Fontes próximas confirmam que ele tem interesse em disputar as eleições de 2026, com possíveis candidaturas tanto para o Senado quanto para a Câmara Federal. Embora sua base eleitoral seja o Distrito Federal, há rumores de que ele estaria considerando outras regiões para lançar sua candidatura.
Entretanto, um dos principais obstáculos para Sebastião no momento é o espaço político. O Partido Liberal (PL-DF), seu provável destino inicial, já está com a chapa praticamente fechada para 2026. Além disso, o partido tem uma aliança forte com a vice-governadora Celina Leão, presidente do Progressistas (PP-DF), o que reduz ainda mais as chances de uma inserção efetiva de Sebastião Coelho na legenda.
Diante desse cenário, cogita-se a possibilidade de que o desembargador aposentado busque filiação em outro partido, com o Novo surgindo como uma alternativa viável. No entanto, ainda é cedo para decisões concretas, pois os prazos legais estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitem uma movimentação mais flexível em termos de filiação até o período de janela partidária que antecede as eleições.
Sebastião Coelho também carrega consigo o peso de seus embates públicos, especialmente após renunciar ao cargo de vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF em 2022, como protesto contra a posse de Moraes como presidente do TSE. Sua postura crítica em defesa da “liberdade de expressão” e “democracia” continua a colocá-lo sob o olhar atento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que poderia influenciar seu futuro político.
Por: Hamilton Silva é editor-chefe do Portal DFMobilidade e atua como jornalista há 13 anos. É economista desde 1998, formado pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduado em gestão pública