Em frente ao edifício-sede do Banco Central, dezenas de manifestantes se reuniram na manhã desta segunda-feira para a mobilização batizada de “Brasil acima do STF”. Convocado por grupos conservadores do Distrito Federal, o protesto teve como ponto alto a fala do deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP-DF), que reiterou críticas severas ao Supremo Tribunal Federal e ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em seu discurso, transmitido em redes sociais a partir das 10h19, o parlamentar afirmou que o país estaria caminhando para “um sistema comunismo-socialismo”, condição que, em sua avaliação, prejudicaria não apenas o Brasil, mas o “mundo” como um todo. “A democracia e a soberania nos Estados Unidos são intocáveis; no Brasil, não há respeito a esses princípios”, lamentou, comparando decisões do STF às medidas de taxação adotadas nos EUA (transcrição disponibilizada pela assessoria do deputado).
Ao criticar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, Pastor Daniel afirmou:
“Alexandre hoje é o dono do Brasil. Mas o povo vai mostrar para ele que quem manda no Brasil é o povo. É o povo que põe e é o povo que tira”
O deputado repetiu sua convicção de que, caso “o povo vá para a rua”, o movimento ganhará força suficiente para tornar o país “insustentável”, encerrando com a defesa de três ações:
- Impeachment do presidente Lula;
- Impeachment do ministro Alexandre de Moraes;
- Anistia aos que denomina de “presos políticos” (participantes de atos antidemocráticos ocorridos em janeiro de 2023).
Apesar de o artigo 86 da Constituição prever possibilidade de impeachment do presidente da República, e o artigo 52 autorizar o Senado a processar e julgar ministros do STF, essas medidas exigiriam ampla maioria nas duas Casas do Congresso Nacional – fato destacado por especialistas ouvidos reservadamente que ressaltam a necessidade de o povo tomar as ruas literalmente para que haja eco no Congresso Nacional.

O protesto “Brasil acima do STF” soma-se a uma série de manifestações promovidas desde o ano passado por setores alinhados à agenda bolsonarista, que questionam decisões do Judiciário sobre processo das “fakes news”e inquéritos ilegais em curso. No Plano Piloto, o ato é marcado por faixas contra o “ativismo judicial” e discursos inflamados em defesa da “soberania popular” e”Fora Lula”.
E você, o que acha das propostas de Pastor Daniel de Castro?
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— Hamilton Silva
Editor-chefe e economista, fundador do Portal DFMobilidade