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Parré, medalhista de bronze nas Paralimpíadas de Paris, recebe o título de cidadão honorário de Brasília

Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF
Foto: Carlos Gandra/ Agência CLDF

A Câmara Legislativa concedeu nesta segunda-feira (16) o título de cidadão honorário de Brasília ao paratleta Ariosvaldo Fernandes da Silva, o Parré. Medalhista de bronze nos 100 metros rasos classe T53 nas Paralimpíadas de Paris, Parré nasceu em Campina Grande (PB) em 1976, mas vive em Planaltina desde os dois anos de idade. A iniciativa da homenagem partiu do deputado Pepa (PP), que enalteceu a história de superação do medalhista paralímpico.

“O Parré é um homem que transformou cada desafio em combustível para vitória e eu sou testemunha de tudo isso. Aos 18 meses, a vida colocou um obstáculo gigantesco em seu caminho, a poliomielite. Depois, aos 17 anos, por meio de seu professor de educação física, descobriu o esporte paralímpico. Parré começou sua jornada no basquete em cadeira de rodas, mas em 2002 encontrou sua verdadeira paixão no atletismo. Desde então, já se passaram 22 anos de pura dedicação, suor e conquistas”, contou Pepa.

O deputado Pepa também ressaltou a importância da conquista da medalha paralímpica por Parré nos jogos de Paris. “É uma medalha histórica que o Brasil não conquistava há 36 anos nesta modalidade. Você enche de orgulho o bairro onde você sempre morou, que é o bairro Jardim Roriz”, disse o parlamentar ao homenageado.

Emocionado, o medalhista Parré agradeceu o apoio da família em sua jornada e pediu aos professores de educação física que acreditem em seus alunos com deficiência. “Eu descobri que o esporte podia ser uma ferramenta transformadora da minha vida e da minha família. Meu pai sempre acreditou em mim e minha mãe foi quem sempre me carregou para cima e para baixo. Quero também pedir aos professores que acreditem sempre nos seus alunos e que nunca subestimem uma pessoa com deficiência”, disse Parré.

O treinador de Parré, Denis Gigante, também celebrou a conquista do paratleta. “Tem muito mérito nessa conquista. Temos diferenças de equipamento e de idade entre os competidores. Os dois que chegaram na frente dele eram muito mais jovens. Minha felicidade hoje é ver que ele tem reconhecimento. Nós muitas vezes ficamos sem pista para treinar. Ele nunca faltou ao treino, estava sempre com muita disposição, mesmo morando longe do local do treino. Persistiu e foi recompensado”, afirmou.

O presidente do Instituto Brasileiro de Educação, Esporte e Saúde (Ibres), Eugênio Cesar Nogueira, lembrou que muitos paratletas ainda enfrentam dificuldades para treinar. “Queremos os nossos espaços, queremos mais políticas públicas. Hoje temos grande dificuldade de acesso aos centros olímpicos, pois temos tetraplégicos que disputam as Paralimpíadas. Temos que buscar mais melhorias. Se o transporte for adaptado, conseguiremos aumentar muito as matrículas de paratletas”, observou.

O secretário de Esporte e Lazer do DF, Renato Junqueira, aproveitou a ocasião para pedir o apoio dos deputados distritais na aprovação de um projeto de lei do Poder Executivo que busca ampliar o número de modalidades atendidas pelo programa Bolsa Atleta. “Se o projeto for aprovado, vamos sair de 20 modalidades de paradesporto para 30 modalidades do paradesporto. Sairemos de 140 paratletas beneficiados pelo Bolsa Atleta para 240. Tenho certeza que esta Casa terá sensibilidade para aprovar esta lei”, disse o secretário.

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