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Opinião: A retomada das aulas presenciais e a insensatez dos sindicalistas profissionais

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Os professores, pais e alunos querem voltar, os sindicalistas profissionais não.

O Sindicato dos Professores realizou assembleia na última sexta-feira com indicativo de greve sob o argumento de alertar o Governo do Distrito Federal de que a categoria não aceitará retorno sem todos os protocolos sanitários contra a Covid-19.

Este argumento sugere negligência do governo ou instituição, algo que nenhum faria deliberadamente: Todos, sem exceção querem um retorno seguro as aulas, cumprindo todos os protocolos necessários.

O argumento dos sindicalistas sugere nada mais nada menos que uma politização extemporânea e intempestiva.

Depois de 18 meses sem aulas presenciais nossas crianças podem ficar ainda mais tempo sem ir a escola. As aulas presenciais serão retomadas a partir desta quinta-feira (5/8), mas o sindicato dos professores motiva a desinformação e estimula o “fica em casa”.

O tempo é o que temos de mais precioso. 18 meses sem aulas presenciais são 540 dias longe da sala de aula. Não há como repor esse tempo perdido. Apesar da pandemia não ter acabado, não há razões plausíveis para não se retornar com as aulas presenciais com todos os protocolos de segurança.

Outras categorias trabalham em condições muito mais precárias que as condições disponíveis aos professores hoje em dia, que em sua maioria já se encontram vacinados.

A volta das escolas privadas foi gradual e cada colégio adotou o próprio calendário, após quase sete meses de portas fechadas devido à pandemia. As escolas particulares retornaram  às atividades presenciais em 21 de setembro de 2020, ou seja, há dez meses.

A questão central era o emprego e a própria existência dos estabelecimentos. Diferente das escolas públicas o que está em jogo é a própria saúde de nossos filhos, psicológica, intelectual e profissional.

Diferentemente das escolas particulares os professores das escolas públicas tiveram seus salários garantidos pelo cidadão contribuinte e a vacina para toda a categoria.

Não há como deixar de falar na construção de um método seja ele hibrido, gradual , mas é  preciso voltar sob pena de agravar ainda mais as consequências nefastas para as crianças e adolescentes.

O GDF tem se preocupado e reservado vacinas suficientes para os professores. Diminuiu o intervalo de vacinação para que todos os professores estejam vacinados, mas  para o Sindicato isto não importa. O importante é marcar posicionamento político de oposição. Politizar agora é tiro no pé.

As crianças e os profissionais da educação já podem frequentar igrejas, clubes, shopping, parques e transporte público, mas a sala de aula não?

A pergunta pertinente aqui é: a quem interessa o absurdo em prolongar o “fica em casa” para nossas crianças? Fácil responder.

Hamilton Silva – Economista e jornalista

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