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Obras das quadras 500 da W3 Sul entram em etapa final e GDF prepara liberação

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília
Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Nos próximos dias, o Governo do Distrito Federal (GDF) deve finalizar as obras nos trechos restantes das quadras 500 da W3 Sul, uma das vias mais importantes da capital. Ao todo, foram investidos R$ 25,6 milhões na construção do pavimento rígido em concreto nas faixas exclusivas para o transporte público.

Nesta semana, tiveram início os serviços de preenchimento das valas de transição entre o asfalto, destinado ao fluxo de veículos leves (carros e motocicletas), e o pavimento rígido em concreto, para o deslocamento de ônibus. As obras ocorrem da quadra 502 até o Setor de Rádio e TV Sul (SRTVS). Também estão sendo finalizados os trechos nas quadras 507, 509 e 511 Sul. Ao fim dessa etapa, todo o trecho entre a 516 até a 502 estará liberado para os mais de mil ônibus que passam diariamente pela avenida.

Também nesta semana foi iniciada a etapa de fresagem e compactação do trecho das 700 do SRTVS até a 703, em frente ao Santuário Dom Bosco. Essa fase antecede o processo de revestimento asfáltico.

É a primeira vez que as faixas exclusivas de ônibus da W3 Sul recebem uma reforma dessa dimensão. O engenheiro Adoney de Jesus, responsável pela execução do contrato da obra, explica que o revestimento antigo tinha uma maior deformabilidade, o que exigia um número maior de intervenções para reformas.

“O pavimento antigo era um pavimento flexível. Naturalmente, o peso dos ônibus causava muita ondulação nesse tipo de asfalto e, consequentemente, mais buracos. Com o pavimento rígido, essa manutenção vai ser reduzida drasticamente. Esse revestimento vem com uma tecnologia que atua contra essas ocorrências, proporcionando uma durabilidade muito maior”, detalha.

A nova tecnologia também trará mais segurança para a população durante os períodos de chuva. Isso porque o pavimento rígido absorve menos calor e outros agentes químicos, o que resulta numa pista menos oleosa ao chover.

“O fator de derrapagem se torna menor no concreto rígido do que no flexível. Com essa reforma, o espaço de frenagem é muito menor, o que ajuda a reduzir o número de acidentes”, complementa Adoney.

As mudanças na W3 Sul são vistas com bom olhos pela dona de casa Maria José da Conceição, de 54 anos. Ela utiliza a via diariamente para ir à academia.

“No começo houve um transtorno, mas é para o bem de todo mundo. A W3 está ficando ótima. Vai acabar com os buracos e vai ficar muito mais confortável de andar de ônibus”, salienta.

O educador físico Luciano Jesus, 33 anos, também avalia os serviços na avenida como positivos. Morador do Recanto das Emas, ele é usuário do transporte público do DF e passa pela W3 Sul todos os dias ao ir para o trabalho.

“Essa reforma é muito positiva porque a W3 tinha muito buraco. Com esse concreto rígido o pavimento vai durar mais. É uma tecnologia avançada. Vai ser muito benéfico para a população”, ressalta.

Assim que for concluída a obra, cada sentido da via terá uma faixa de rolamento feita em concreto, por onde passará o transporte público, e duas asfaltadas, destinada ao fluxo de carros e motocicletas.

A opção pelo pavimento rígido em trechos com trânsito intenso de veículos pesados é uma solução estratégica para garantir maior durabilidade e resistência. Isso porque o concreto possui espessura superior ao asfalto comum e é capaz de suportar cargas mais elevadas sem deformações significativas, o que o torna ideal para vias de grande movimentação.

Além disso, o pavimento rígido tem uma vida útil estimada de até 20 anos, com manutenção mais fácil e menos frequente, proporcionando economia a longo prazo e garantindo mais segurança e conforto para os usuários da via.

O GDF também trabalha na execução de obras complementares, incluindo a construção de redes de drenagem com novas bocas de lobo, calçadas, meios-fios, paisagismo e sinalização.

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