“Não piso em território que o presidente Lula esteja presente”
Em tom desafiador, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta terça-feira (6/5/2025) seu veto pessoal a qualquer evento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marque presença até que “se retrate” pelas acusações de cumplicidade nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
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Na mesma ocasião, Ibaneis afirmou que “o País já não aguenta mais tanto sofrimento” e fez duras críticas aos governos petistas: “Nascer, morrer, votar no PT, como diz o velho Monsanto, só se faz uma vez. Eles não têm projeto, não têm articulação, não gostam de empresários. A grande maioria nunca assinou uma carteira de trabalho.”
Com a postura firme, Ibaneis questiona não apenas o discurso fragmentado e sectario propagado pelo Planalto em seu terceiro mandato, mas também explora o desgaste político do presidente. Enquanto Lula celebra crescimento de 3,4 % no PIB em 2024 e enfrenta inflação de 4,8 % acima da meta, o governador do DF aposta na polarização e na retórica de confronto para mobilizar sua base.
O veto de Ibaneis reflete a fragmentação entre o Executivo federal e os governos estaduais. Se, por um lado, o Lula trabalha para apresentar avanços sociais sem apresentar nenhum caso concreto e econômicos e desconectado com a realidade, por outro, lideranças regionais elevam o tom, se aproximando ainda mais das dificuldades do povo. Com a eleição presidencial de 2026 no horizonte, o episódio mostra como a oposição interna ao governo lula encontra no Distrito Federal um palco estratégico para impor sua própria narrativa de poder.
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Hamilton Silva
jornalista e editor-chefe do Portal DFMobilidade
