Na casa de Ibaneis, que lidera ofensiva, governadores de centro e direita se reúnem contra tarifaço e governo Lula

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Encontro estratégico em Brasília articula oposição ao Planalto em meio a embate entre Congresso e STF e incertezas sobre Bolsonaro

Brasília — Dez governadores de perfil liberal, conservador e de centro-direita participam, nesta quinta-feira (7/8), de uma reunião estratégica na residência oficial do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). O encontro, iniciado por volta das 16h30, reúne nomes de peso da política nacional com o objetivo de construir uma frente de resistência às políticas do governo Lula (PT), em especial às recentes medidas econômicas que vêm sendo chamadas de “tarifaço”, além de articular um discurso unificado diante do acirramento institucional entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Até o início da noite, ao menos oito dos dez governadores convidados já haviam chegado à residência de Ibaneis. Estavam presentes os chefes do Executivo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); Paraná, Ratinho Júnior (PSD); Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil); Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil); Amazonas, Wilson Lima (União Brasil); e Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Também eram aguardados os governadores Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.

O encontro ocorre em meio ao agravamento do embate entre os Poderes e à crescente insatisfação de governadores com o aumento de tributos e decisões unilaterais do Executivo federal que impactam diretamente os estados. O debate sobre a judicialização da política e os limites das decisões do STF também ganhou destaque na pauta, especialmente após a movimentação no Senado para discutir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

Outro tema sensível do encontro é a situação política e jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que segue em prisão domiciliar após decisões do STF. Parte dos governadores defende que o ex-mandatário é alvo de perseguição política, tese que será reforçada nas articulações futuras com parlamentares e a sociedade civil.

Segundo interlocutores, a reunião também visa fortalecer os laços entre os governadores de oposição e estabelecer uma estratégia comum para as eleições de 2026, a fim de evitar a fragmentação da base conservadora e disputar a hegemonia narrativa atualmente ocupada pelo Planalto.

A movimentação evidencia que, mesmo sem uma liderança unificadora clara no momento, a oposição começa a se articular de forma mais coesa, buscando protagonismo diante de um cenário político instável.


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