Brasília — Em mais um episódio que ilustra a crise de representatividade da política do Distrito Federal, o ex-deputado federal Luis Miranda (Republicanos) atacou publicamente o senador Izalci Lucas (PL-DF) nesta sexta-feira (25/4). Em um vídeo pesado nas redes sociais, Miranda acusou Izalci de atrapalhar a luta histórica da Polícia Civil do DF (PCDF) pela equiparação salarial com a Polícia Federal (PF).
“Brasília sempre é um cenário de guerra, agora, quando vejo injustiça, o pau come. Eu não vou arregar pra ninguém”, afirmou Miranda em tom inflamado. O ex-parlamentar acusou o senador de agir de forma “populista”, tentando fomentar conflitos entre a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.
“Sempre tive respeito por qualquer político do Distrito Federal, mas tem hora que a canalhice não podemos aceitar”, disparou.
“A Polícia Civil é Polícia Civil. A Polícia Militar é Polícia Militar. O Corpo de Bombeiros é Corpo de Bombeiros. São lutas diferentes que merecem respeito”, afirmou Miranda, defendendo a separação das carreiras e criticando tentativas de equiparações generalizadas para fins eleitorais.
Segundo Miranda, erros de políticos como Izalci historicamente prejudicaram a Polícia Civil:
“Historicamente foi perdida por erros de pessoas como você, Izalci, que populistamente trouxeram a Polícia Militar contra as lutas da Polícia Civil”, acusou.
Apesar das acusações pesadas, Izalci Lucas optou pelo silêncio e, até o momento, não respondeu às provocações de Luis Miranda. O senador, que busca se fortalecer junto às forças de segurança, enfrenta críticas internas por seu distanciamento de pautas efetivas que valorizem as corporações.
Um ataque vindo de quem pouco tem a oferecer
As críticas de Luis Miranda, no entanto, esbarram em sua própria falta de credibilidade. Durante seu mandato na Câmara dos Deputados (2019-2022), Miranda foi protagonista de polêmicas, principalmente no caso das vacinas na pandemia, onde acabou exposto como figura controversa e pouco confiável.
Tentando uma reinvenção política em 2022, Miranda transferiu seu domicílio eleitoral para São Paulo, mas foi amplamente rejeitado nas urnas, obtendo apenas 13.232 votos — resultado que simbolizou seu desgaste nacional e sua queda em desgraça junto ao eleitorado.
Assim, o ataque ao senador Izalci, embora traga à tona questões legítimas sobre a luta das forças de segurança, carece de legitimidade vinda de um ex-parlamentar que também naufragou em escândalos, derrotas e falta de entregas concretas.
No fim das contas, o episódio revela mais uma face da política local: populismo, oportunismo e pouca efetividade real para resolver as demandas históricas de quem realmente importa — os profissionais da segurança pública.
Chamada para redes sociais:
👉 Ataques, silêncio e promessas vazias: segurança pública fica à margem da velha política!
🔵 Instagram: @dfmobilidade
🔵 Facebook: Portal DFMobilidade