Investimento de até R$ 1,4 bilhão busca aliviar trânsito e atender expansão urbana
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou nesta sexta-feira, 13 de junho de 2025, que o GDF lançará, até o final deste ano, a licitação para a construção da quarta e quinta pontes sobre o Lago Paranoá, na região do Lago Sul. A previsão orçamentária para as obras chega a R$ 1,4 bilhão, com o objetivo de reduzir o congestionamento em um dos principais corredores de ligação entre as áreas residenciais de alto padrão e o Plano Piloto .
Segundo o chefe do Executivo, “Brasília já está estrangulada. A cidade está crescendo muito, especialmente nesta região: Jardim Botânico, Tororó; condomínios e áreas com grande potencial habitacional, mas que precisam de infraestrutura”. As intervenções visam, em primeiro lugar, destravar o fluxo de veículos na Ponte JK e preparar a capital para o crescimento urbano nas próximas décadas .
Uma das travessias ligará a QL 28 do Lago Sul às imediações da antiga Academia de Tênis, no Setor de Clubes Sul. A segunda será erguida cerca de 300 metros acima da estrutura existente na barragem do Lago Paranoá, local que atualmente não suporta o tráfego de caminhões. “O projeto não é nada luxuoso como a Ponte JK, mas sabemos que a atual estrutura está sobrecarregada, especialmente pela manhã, com o trânsito vindo do Jardim Botânico e das regiões do Lago Sul e do DF”, complementou Ibaneis Rocha .
O financiamento das obras já está assegurado por meio de operações de crédito e recursos da Terracap. A licitação está prevista para ser publicada entre outubro e início de novembro de 2025, com início das obras em 2026 e prazo estimado de dois a três anos para a entrega das novas pontes .
Atualmente, Brasília conta com quatro pontes sobre o Lago Paranoá: a Ponte Juscelino Kubitschek, inaugurada em dezembro de 2002, com cerca de 1,2 quilômetro de extensão e tráfego diário de mais de 68 mil veículos; e a Ponte Honestino Guimarães, originalmente conhecida como Ponte Costa e Silva, projetada por Oscar Niemeyer e com 452 metros de extensão, renomeada oficialmente em 2022 .
Com as novas estruturas, o governo espera desconcentrar parte do fluxo que hoje incide sobre a Ponte JK e o centro da cidade, além de estimular o desenvolvimento de áreas como o Jardim Botânico e o Tororó. A estratégia faz parte de um pacote mais amplo de obras de mobilidade que, segundo o GDF, inclui ainda iniciativas em novas ciclovias e vias de integração de transporte público.
Sobre o autor
Hamilton Silva é jornalista e economista, editor-chefe do portal DFMobilidade. Formado em Economia pela Universidade Católica de Brasília e pós-graduado em Gestão Financeira, atua na cobertura de mobilidade urbana e política do Distrito Federal.
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