Em evento na Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), realizado na noite de 26 de junho de 2025, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que deixará o cargo em abril de 2026 para concorrer a uma vaga ao Senado e atribuiu ao governo federal, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a responsabilidade pelo decreto de contingenciamento de R$ 1 bilhão nos gastos públicos do DF.
O decreto de contingenciamento, publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal em 25 de junho de 2025, está formalizado no Decreto 47.386, que bloqueia recursos em áreas como Saúde, Educação e Desenvolvimento Econômico para garantir o equilíbrio das contas locais até o encerramento do mandato. Segundo o secretário de Economia, Ney Ferraz, trata-se de “uma ação preventiva para assegurar investimentos e evitar déficit ao final do ano” .
Durante a solenidade, Ibaneis justificou:
“Os juros estão muito altos e a responsabilidade disso é da área federal. Os empresários, assim, deixam de investir e o governo local vai sofrer perda de arrecadação. Diante deste cenário, precisamos ser cautelosos, controlar nossas despesas para não chegar no final do ano com rombo. Não podemos ser irresponsáveis como o governo federal.”
O governador confirmou que transmitirá o cargo à vice-governadora Celina Leão em abril de 2026. “Vou sair para disputar a vaga ao Senado. A Celina vai assumir e eu tenho plena confiança nela. Foi leal a mim nos 66 dias em que estive afastado por uma decisão injusta do STF em janeiro de 2023”, afirmou, referindo-se ao afastamento determinado pelo ministro Alexandre de Moraes após os episódios na Praça dos Três Poderes.
A antecipação da disputa eleitoral e o endurecimento fiscal devem marcar os próximos meses na capital. Com a transição ao GDF e o cronograma de campanha, o Palácio do Buriti terá pela frente o desafio de implementar o contingenciamento sem comprometer serviços essenciais, enquanto o MDB estrutura a pré-candidatura de Rocha ao Senado.
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