Em reunião realizada hoje no Palácio do Buriti, o governador Ibaneis Rocha (MDB) reuniu secretários de Turismo, Cultura e Obras, além de autoridades e parlamentares distritais, para a apresentação oficial do projeto arquitetônico do Museu da Bíblia. Instalado às margens do Eixo Monumental, o equipamento cultural terá como missão preservar a memória religiosa brasileira e impulsionar o turismo no Distrito Federal.
O anteprojeto, elaborado pelo escritório de arquitetura Castro & Almeida, prevê uma edificação de 4.200 m² distribuídos em três pavimentos, com auditório para 200 lugares, salas de exposição permanente e itinerante, além de biblioteca especializada em estudos bíblicos. Segundo o secretário de Cultura, André Fernandes, os materiais – vidro serigrafado, concreto aparente e painéis de madeira de reflorestamento – foram escolhidos para dialogar com o traçado modernista de Oscar Niemeyer, mantendo harmonia visual com os demais monumentos da Esplanada dos Ministérios.
Em seu pronunciamento, o governador destacou que “além de reforçar o caráter plural de Brasília, o museu será um novo ponto de visitação para fiéis e estudiosos, fomentando a economia criativa e gerando emprego no setor de serviços”. O GDF estima investimento de R$ 85 milhões, a serem aportados por meio de parceria público-privada (PPP), com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2027. A Secretaria de Turismo aguarda um incremento de até 12% no fluxo de visitantes ao Plano Piloto, conforme projeções do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).
Embora celebrado como marco para a cultura religiosa, o empreendimento também suscita questionamentos sobre a aliança entre poder público e instituições confessionais. Especialistas em direito público lembram que, embora não haja vedação expressa à criação de museus temáticos de cunho religioso, o Distrito Federal deverá garantir a livre manifestação de outras tradições de fé em espaços análogos, sob pena de desequilíbrio na oferta cultural.
O projeto seguirá agora para apreciação do Conselho de Planejamento Urbano e, posteriormente, tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal. A partir disso, as empresas interessadas em compor a PPP poderão apresentar propostas de financiamento e execução.
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