Em um movimento que causou perplexidade entre eleitores conservadores do Distrito Federal, o deputado federal Gilvan Máximo (Republicanos-DF) se omitiu e não assinou o requerimento de urgência para o Projeto de Lei da Anistia, que visa beneficiar os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A postura do parlamentar, que integra o mesmo partido do presidente da Câmara, Hugo Motta, o coloca na mesma trincheira de partidos de esquerda que rechaçaram a proposta — como PT, PSOL e PCdoB.
O requerimento, articulado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), obteve 262 assinaturas, ultrapassando o mínimo necessário (257) para levar o tema ao plenário da Câmara. No entanto, Gilvan Máximo preferiu se manter em silêncio, ao contrário de outros parlamentares do DF que se posicionaram de forma clara e corajosa.
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Entre os deputados federais do DF que assinaram o requerimento, destacam-se:
- Bia Kicis (PL-DF) – Ex-presidente da CCJ, é um dos rostos mais reconhecidos da direita brasileira, sempre firme na defesa das liberdades e garantias individuais.
- Alberto Fraga (PL-DF) – Militar da reserva e combativo nas pautas de segurança pública, não se escondeu em momento algum.
- Rafael Prudente (MDB-DF) – Mesmo pertencente a um partido com base governista, demonstrou independência e responsabilidade com os princípios democráticos.
- Júlio César Ribeiro (Republicanos-DF) – Ao contrário de Gilvan, seu colega de partido, assinou o pedido, deixando claro que sua atuação é coerente com os eleitores conservadores e com a base cristã que o elegeu.
A postura omissa de Gilvan Máximo tem gerado críticas até mesmo entre seus apoiadores muitos deles evangélicos da Comunidade das Nações dentre outras, que esperavam dele mais firmeza diante de um tema tão simbólico para o eleitorado da direita. A comparação inevitável com a esquerda, que rejeitou em bloco o pedido, acende o alerta: de que lado está Gilvan Máximo?
Com a decisão sobre a votação do requerimento ainda nas mãos do presidente da Câmara, Hugo Motta, a pressão aumenta. O momento exige clareza e coragem, não oportunismo silencioso. Enquanto alguns se posicionam, outros preferem o conforto da omissão — e a história costuma ser implacável com quem se esconde em momentos decisivos.