O Governo do Distrito Federal (GDF) firmou convênio entre a Companhia Energética de Brasília (CEB Participações) e a Secretaria de Educação (SEEDF) para construir, no Jardins Mangueiral, uma usina fotovoltaica de 10 megawatts-pico (MWp). Com investimento de R$ 40 milhões, o empreendimento deverá gerar cerca de 20 gigawatts-hora (GWh) por ano, o suficiente para suprir 400 escolas da rede pública, o que corresponde a aproximadamente 60 % da demanda energética desse sistema de ensino. A ação prevê economia anual de até R$ 10 milhões aos cofres públicos, recursos que poderão ser realocados em melhorias na infraestrutura escolar.
O convênio foi assinado em cerimônia no Palácio do Buriti, em 30 de junho de 2025, com a presença do governador Ibaneis Rocha, do presidente da CEB, Edison Garcia, e da secretária de Educação, Helvia Paranaguá. A expectativa é de que as obras tenham início ainda no segundo semestre deste ano, com previsão de conclusão para a primeira metade de 2026.
Segundo a secretária Helvia Paranaguá, os R$ 40 milhões são provenientes de superávit orçamentário da SEEDF e reafirmam “nosso papel como indutores da sustentabilidade, unindo inovação e responsabilidade na gestão pública”. A redução nos gastos com energia permitirá investimentos em laboratórios, bibliotecas e programas pedagógicos.
O governador Ibaneis Rocha destacou que o projeto integra a agenda estratégica de sustentabilidade e transição energética do GDF, que inclui isenção de IPVA para veículos híbridos e elétricos e programa de eletrificação dos ônibus no Plano Piloto. “Este programa de geração de energia renovável para prédios públicos demonstra nosso compromisso com o uso racional dos recursos e a consolidação de Brasília como referência nacional em energia limpa”, afirmou.
O Distrito Federal já lidera o ranking nacional de geração solar fotovoltaica, com 413 MW de potência instalada e mais de 21 mil conexões, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). A nova usina reforça a posição da capital federal como polo de inovação em energias renováveis e eficiência pública.
Este projeto reafirma o compromisso do GDF com práticas sustentáveis e eficiência na aplicação de recursos públicos, ao mesmo tempo em que fortalece a autonomia energética das escolas e contribui para a qualidade da educação no Distrito Federal.
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