Nesta quinta-feira (5/9), a 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal entregou a José Roberto Arruda (PL) um prêmio muito especial: a perda dos direitos políticos por 12 anos. Sim, é isso mesmo! O ex-governador foi formalmente reconhecido como o “Campeão da Improbidade Administrativa” por sua performance na Operação Caixa de Pandora.
De 2006 a 2009, Arruda não estava apenas à frente de um governo; ele estava gerenciando um verdadeiro espetáculo de arrecadação de propinas, orquestrando um esquema de compra de apoio político com empresas de informática. Um verdadeiro maestro da corrupção!
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Mas não foi só ele que fez a festa. O ex-secretário de Arruda, José Geraldo Maciel, e o dono da Call Tecnologia e Serviços Ltda, José Celso Gontijo, também foram laureados com a perda dos direitos políticos por 10 anos. Cada um deles também vai contribuir com a módica quantia de R$ 257 mil em multa, que deve ser atualizada com a inflação e com o espírito de justiça.
A sentença descreve com entusiasmo a robustez das provas, incluindo gravações que, aparentemente, mostram os réus em plena ação, reafirmando o esquema de propinas da Call Tecnologia. O ex-secretário de Relações Institucionais do DF e delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, teve sua participação recompensada com uma multa de R$ 257 mil, mas ele pode respirar aliviado, pois não está incluído na proibição de contratações com o poder público.
Curiosamente, os pedidos de condenação do ex-vice-governador Paulo Octávio e de Marcelo Carvalho de Oliveira foram rejeitados por falta de provas. O juiz parece ter achado que a evidência disponível não era digna de uma série policial de sucesso.
Arruda vem se utilizando das redes sociais para postar seu dia a dia e relembrando seus feitos como político tradicional. Até parece que está em plena campanha.
Assim, o palco está montado: Arruda, Maciel, Gontijo e a Call Tecnologia pagam pela performance, enquanto Paulo Octávio e Marcelo Carvalho ficam fora dos holofotes da condenação. Um verdadeiro drama da justiça brasileira.