Zé Leso, ou melhor, Zé Liso? A campanha à Prefeitura de Valparaíso pode deixar candidato sem dinheiro e sem apoio
A situação de Zé Antônio, conhecido popularmente como Zé Leso, parece estar se complicando cada vez mais na corrida pela Prefeitura de Valparaíso. O candidato do PL, que conta com o apoio da deputada federal Lêda Borges, enfrenta uma série de desafios que podem comprometer não apenas sua campanha, mas também suas finanças pessoais.
O apoio de Lêda Borges, longe de ser um trunfo, tem se mostrado um fardo. Além de estar isolado dentro de seu próprio partido, Zé Leso não conta com o respaldo de figuras influentes como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Essa falta de apoio político é um indicativo de que o PL não deve investir os recursos do fundo partidário em sua campanha. E sem esse dinheiro, que este ano totaliza mais de R$ 886 milhões para o PL, Zé Antônio pode ver sua campanha definhar antes mesmo de começar.
Para se ter uma ideia, enquanto Marcus Vinícius, o famoso “Cinquentinha”, já tem seus 50 mil reais (valor declarado à Justiça por ele mesmo) guardados debaixo do colchão para “qualquer emergência”, Zé Leso pode acabar sem nenhum centavo para pagar seus apoiadores e colaboradores. E uma campanha para prefeito em uma cidade como Valparaíso não é barata.
A aliança com Lêda Borges não só não ajuda como piora a situação. Lêda tenta, desesperadamente, se afastar da imagem de Marconi Perillo, ao mesmo tempo que tenta se associar ao atual governador Ronaldo Caiado (União). Esse jogo duplo pode custar caro, já que o partido pode decidir não destinar uma quantia suficiente para financiar a campanha de Zé Antônio.
O cenário é ainda mais desfavorável quando se leva em conta que a candidata do Solidariedade, já com o apoio declarado de Bolsonaro e Michelle em vídeos divulgados nas redes sociais, ganha força na disputa. Com poucas realizações no currículo e problemas internos no partido, a dupla Zé e Lêda corre o risco de ficar para trás, perdendo espaço até mesmo para um candidato de menor expressão.
No final das contas, Zé Antônio pode mesmo virar Zé Liso, sem dinheiro, sem apoio e sem chances reais na disputa pela prefeitura. Enquanto isso, Marcus Vinícius, com seus 50 mil reais disponíveis na sua própria casa, ironiza ainda mais a situação de Zé Leso, ou seria Liso?
