Aumento da força de trabalho e expansão de crédito impulsionam vendas do comércio e serviços
O Distrito Federal demonstrou um gradual aquecimento econômico no primeiro trimestre de 2024, marcando uma trajetória de recuperação e crescimento, conforme aponta o Boletim de Conjuntura da capital, apresentado na manhã de hoje (3) pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). A combinação de uma inflação arrefecida e o aumento do rendimento médio em todas as posições ocupacionais sugerem um fortalecimento do poder de compra da população. Essa melhoria no cenário econômico é acompanhada por uma expansão significativa do crédito, o que tem impulsionado o consumo das famílias, refletindo-se no aumento das vendas tanto no comércio quanto nos serviços.
Os dados também indicam um mercado de trabalho em expansão, onde houve um aumento na taxa de participação, enquanto a taxa de desemprego se manteve estável em comparação com o mesmo período de 2023. Esse crescimento é especialmente evidente nos setores de serviços e comércio, no qual se observou um aumento no número de pessoas ocupadas. Além disso, registrou-se uma criação líquida de postos de trabalho em um patamar superior ao registrado no trimestre anterior, sugerindo um cenário positivo para o emprego na região.
No contexto internacional, a economia global mostrou estabilidade no início de 2024. A desaceleração nos preços de commodities como grãos e fertilizantes pode ter um impacto na balança comercial brasileira, pois as receitas de exportações de grãos podem diminuir. No entanto, a economia brasileira como um todo apresentou sinais de crescimento, com um Produto Interno Bruto (PIB) em recuperação, aquecimento do mercado de trabalho e expansão do consumo das famílias.
Especificamente no Distrito Federal, a atividade econômica deu sinais claros de recuperação. A expansão do crédito foi um dos principais fatores que contribuíram para o aumento do volume de comércio varejista ampliado e de serviços. Apesar da queda nas exportações, principalmente devido à redução nas exportações de soja, o cenário interno se mostrou favorável.
A análise de preços no DF revelou uma desaceleração na inflação em comparação com o quarto trimestre de 2023. As principais pressões inflacionárias vieram dos itens de alimentação, bebidas e educação, com uma maior disseminação da inflação na cesta de consumo. Em contrapartida, a queda nos preços das passagens aéreas ajudou a conter a inflação. No acumulado dos últimos 12 meses, os indicadores continuam a cair, embora o núcleo de inflação permaneça estável.
Confira a 28° Edição do Boletim de Conjuntura do DF.