Distrital reclama que Ibaneis não pediu autorização a Lula para assinar reajuste das Forças de Segurança

Foto: Carlos Gandra/CLDF
Foto: Carlos Gandra/CLDF

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) deixou claro, mais uma vez, que o Partido dos Trabalhadores e o governo federal não se importam com as Forças de Segurança do Distrito Federal. Em sua fala na tarde de 18 de fevereiro, o petista criticou o governador Ibaneis Rocha (MDB) por ter encaminhado ao presidente Lula o plano de reajuste para policiais e bombeiros do DF. Segundo ele, o governador deveria ter “dialogado” antes de tomar essa decisão, como se a segurança pública fosse uma questão meramente política e não uma necessidade urgente da população.

O governador não precisa “puxar saco” de presidente, para cumprir suas obrigações constitucionais.

A indignação de Chico Vigilante evidencia uma realidade que já não é segredo para ninguém: o governo petista enxerga as Forças de Segurança como adversárias, e não como aliadas no combate ao crime e na garantia da ordem. Desde os episódios de 8 de janeiro de 2023, quando houve uma clara tentativa de criminalizar a corporação, o Planalto tem tratado os agentes de segurança com desconfiança e retaliação. O reajuste salarial, que deveria ser um reconhecimento pelo serviço prestado, virou uma “bomba” no colo do presidente, segundo as palavras do próprio parlamentar.

O fundo constitucional e a falácia petista

O deputado ainda tentou desviar o foco ao dizer que o Fundo Constitucional do DF não deve ser apenas para segurança, mas também para saúde e educação. No entanto, ele ignora que a segurança pública do Distrito Federal é uma responsabilidade direta da União e, portanto, requer investimentos à altura. Se a preocupação com saúde e educação fosse genuína, o governo federal já teria aumentado os repasses ou articulado soluções, em vez de transformar a pauta em um jogo político.

Além disso, Chico Vigilante tentou resgatar um suposto histórico de reajustes durante o primeiro mandato de Lula, mas convenientemente omitiu que, nos últimos anos, o governo petista nada fez pela categoria. No governo Bolsonaro, a pandemia e a crise fiscal impuseram restrições, mas a relação com a segurança pública sempre foi de respeito e reconhecimento, algo que definitivamente não ocorre sob o comando petista.

Eles parecem odiar o DF e principalmente os servidores.

O PT contra a segurança pública

O desconforto de Chico Vigilante com o reajuste salarial apenas reforça o descaso do PT com a segurança pública. Em vez de apoiar os profissionais que colocam suas vidas em risco diariamente, o partido e até outros distritais prefere usá-los como moeda de troca política. O deputado distrital quer que Ibaneis Rocha peça permissão ao presidente antes de cumprir seu dever de governante, como se a segurança do DF fosse uma concessão do governo federal, e não uma obrigação do Estado.

O que se percebe é uma estratégia para postergar o reajuste e, se possível, barrá-lo. Caso contrário, por que o governo federal, Lula  não sinaliza apoio imediato à proposta? Por que Chico Vigilante não pede que o presidente Lula atenda à reivindicação de uma categoria essencial? A resposta é simples: para o PT, valorizar as forças policiais nunca foi prioridade.

A fala do deputado distrital apenas expôs a política petista de enfraquecimento da segurança pública. Enquanto o governador Ibaneis Rocha tenta garantir melhores condições para os policiais e bombeiros do DF, Chico Vigilante e oposição age como porta-voz de um governo que não quer ver a categoria fortalecida.

O recado está dado: no Brasil petista, quem protege a população não pode contar com o apoio do Planalto.

 

 

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