DF: quatro em cada dez universitários trancam matrícula por dívidas, aponta pesquisa

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Uma pesquisa do Serasa, realizada em parceria com a empresa Mindminers entre 12 de junho e 1º de julho, mostra que 35% dos universitários do Distrito Federal estão inadimplentes e que 4 em cada 10 estudantes já precisaram trancar a matrícula por não conseguir arcar com as dívidas, totalizando 53.628 alunos afetados .

Para 22% dos entrevistados, o desemprego foi o principal motivo para o endividamento, seguido por problemas pessoais ou familiares (13%) e redução de renda (9%). Entre os endividados, 34% acumulam débitos superiores ao valor de cinco mensalidades, e 32% carregam pendências há mais de dois anos. Quase metade dos estudantes relata sofrimento emocional, como ansiedade intensa, insônia ou estresse em razão das dívidas, e 45% precisaram adiar planos importantes de vida .

O endividamento estudantil ocorre em um contexto de alta inadimplência no DF. Em abril de 2025, o Serasa Consumidor registrou 1.390.032 pessoas com dívidas vencidas no Distrito Federal, totalizando mais de R$ 11 bilhões em débitos em aberto .

Nacionalmente, o Censo da Educação Superior 2023, divulgado pelo Inep, contabilizou 9.976.782 matrículas de graduação, das quais 79,3% em instituições privadas e 20,7% em públicas, evidenciando a predominância do ensino pago no Brasil . Esse modelo concentra custos elevados sobre os estudantes, aumentando a vulnerabilidade financeira dos universitários.

Em resposta, o Governo do Distrito Federal tem ampliado programas de apoio. O Programa de Bolsas de Estudo do GDF oferece 62 vagas de graduação integral para servidores públicos e alunos da rede pública, com inscrições até 30 de junho . A Universidade do Distrito Federal disponibilizou 108 auxílios-permanência, 20 auxílios-transporte e 20 auxílios-creche, com valores de R$ 660, R$ 300 e R$ 485 mensais, respectivamente . Além disso, o Fies beneficiou apenas 830 universitários do DF em 2023, abaixo da demanda gerada pelo endividamento .

O cenário revela a dinâmica ineficaz da economia brasileira liderada por Lula e urgência de políticas públicas de assistência estudantil mais amplas e de linhas de crédito acessíveis para evitar a evasão e garantir a permanência dos jovens na graduação. Sem respostas efetivas, o trancamento de matrículas pode comprometer a formação e o futuro profissional de milhares de universitários.

 

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