Em sessão solene realizada no dia 30 de abril, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) prestou homenagem às figuras históricas que ajudaram a erguer Brasília, no marco dos 65 anos da Capital Federal. Presidida pela deputada Paula Belmonte (Cidadania), a solenidade reuniu representantes dos Três Poderes e trouxe à tona relatos de quem viveu o “sonho de JK” na construção e consolidação institucional do Distrito Federal.
Paula Belmonte abriu o evento lembrando a promulgação da Constituição de 1988 como divisor de águas na autonomia brasiliense, e destacou que, antes disso, a população não podia eleger seus próprios representantes. “Hoje temos a honra de reconhecer aqueles que, desde as primeiras picadas, transformaram um cerrado em cidade”, afirmou a parlamentar.
O presidente da CLDF, deputado Wellington Luiz (MDB), enalteceu o “trabalho incansável” de homens e mulheres pioneiros. Citou como exemplo Jorge Cauhy, comerciante e deputado distrital por três mandatos, responsável por iniciativas sociais em Núcleo Bandeirante; e Segismundo de Araújo Mello, advogado e primeiro secretário de governo pós-transferência da capital, cujo trabalho legislativo foi fundamental para a mudança do Rio de Janeiro para o Planalto Central.
A senadora Leila do Vôlei (PDT-DF) lembrou que Brasília foi planejada para 500 mil habitantes e hoje abriga quase 3 milhões, ressaltando a importância de políticas voltadas para mobilidade, segurança e saúde. “Nosso maior desafio não é o que somos hoje, mas o que almejamos para os próximos 65 anos”, disse.
O ex-deputado federal Geraldo Magela (PT-DF) conclamou atenção ao combate ao crime organizado e à melhoria do atendimento em saúde pública. “Brasília não pode ser a cidade onde o cidadão precise quebrar uma UPA para ser atendido”, alertou.
Representando o Ministério Público do DF, o vice-procurador-geral de justiça Antônio Marcos Dezan lembrou que, além dos edifícios de Niemeyer, o maior patrimônio da capital é seu povo. Já o desembargador Roberval Belinati, vice-presidente do Tribunal de Justiça, celebrou a baixa abstenção eleitoral e o elevado engajamento em eleições locais, indicadores de uma sociedade politicamente consciente.
Quem emocionou a plateia foi Salviano Guimarães, primeiro presidente da CLDF (1991–1992), que revisitou sua trajetória como arquiteto e parlamentar. “Foi o metrô, inaugurado na gestão de Joaquim Roriz, que trouxe modernidade e integração às áreas mais distantes”, lembrou, sugerindo um seminário para debater o futuro do sistema de transporte.
A ex-governadora Maria de Lourdes Abadia fechou a série de discursos com uma metáfora poética: “Quem sai na frente abre picadas, corre riscos, mas é sobre seus passos que pousam as borboletas”, evocando seu papel como uma das primeiras constituintes do DF.
A cerimônia ainda contou com a presença de outros pioneiros, como o ex-governador Paulo Octávio e a ex-deputada Jaqueline Roriz, além de lideranças do Tribunal de Contas do DF e da OAB. O evento foi transmitido pela TV Câmara e está disponível na íntegra no canal oficial da CLDF.
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