Brasília se consolida como polo da mobilidade elétrica, diz secretário de Ciência e Tecnologia do GDF

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Brasília se consolida como polo da mobilidade elétrica e caminha para ser uma cidade inteligente, diz secretário de Ciência e Tecnologia do GDF

Durante o C-MOVE, evento voltado à mobilidade elétrica e inovação, realizado no auditório do CREA-DF, o secretário de Ciência e Tecnologia do GDF, Leonardo Reis, destacou, ao DFMOBILIDADE os avanços de Brasília no setor e os desafios para tornar a capital uma verdadeira cidade inteligente.

Brasília na vanguarda da mobilidade elétrica

Segundo Reis, Brasília já se consolidou como um polo de mobilidade elétrica no país. O crescimento da frota de veículos híbridos e elétricos se deve, em grande parte, aos incentivos legislativos locais e ao pioneirismo do governo em programas voltados para a eletromobilidade.

“Fomos pioneiros com o programa VEM DF, quando realizamos o projeto piloto de eletropostos para carregamento de veículos elétricos em parceria com a Renault. Hoje, essa iniciativa se consolidou e a infraestrutura avançou bastante. Mas ainda precisamos expandir os eletropostos, principalmente em áreas públicas”, afirmou o secretário.

Atualmente, a maior parte da rede de carregamento está instalada em áreas privadas, atendendo majoritariamente estabelecimentos comerciais. Reis enfatizou que há espaço para o governo organizar e ampliar essa infraestrutura em espaços públicos, garantindo que os motoristas tenham mais opções de recarga ao circular pela cidade.

Os gargalos da eletromobilidade

Um dos desafios destacados pelo secretário é a infraestrutura de carregamento. Embora muitos compradores de veículos elétricos possuam carregadores em suas residências, há situações em que a necessidade de recarga ocorre fora de casa.

“O governo pode incentivar a expansão dessa oferta, principalmente em áreas públicas. Estamos pensando em um modelo de credenciamento, mas há desafios burocráticos e urbanísticos a serem superados”, explicou Reis.

Brasília, por ser uma cidade planejada, exige um cuidado especial na instalação desses equipamentos, para que não haja impactos urbanísticos negativos. Além disso, é necessário um planejamento para garantir a viabilidade econômica do projeto, levando em consideração a exploração comercial dos eletropostos e a escolha dos pontos mais estratégicos para instalação.

O futuro de Brasília como cidade inteligente

Para Leonardo Reis, o conceito de cidade inteligente vai muito além da mobilidade. Ele envolve áreas como saúde, educação e segurança, e um dos pilares fundamentais para o sucesso desse modelo é a conectividade.

“Brasília possui uma infraestrutura de internet de alta velocidade e, recentemente, foi premiada globalmente como uma das melhores cidades para os nômades digitais. Mas o maior desafio de uma cidade inteligente é integrar diferentes tecnologias e sistemas de forma eficiente”, ressaltou.

Segundo ele, a integração entre as secretarias e os serviços públicos é essencial para oferecer uma experiência mais fluida ao cidadão. “A jornada do usuário precisa ser única, e não fragmentada entre diferentes plataformas e órgãos do governo. Esse é o verdadeiro desafio da cidade inteligente”, concluiu.

Com avanços no setor de mobilidade elétrica e um olhar voltado para a inovação, Brasília se posiciona como referência nacional na transição para um modelo urbano mais sustentável e tecnologicamente avançado.

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