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A deputada Federal Paula Belmonte e esposo viram alvo de Alexandre de Moraes

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Foto: deputado Paula Belmonte e o seu esposo o empresário Luiz Felipe Belmonte –  Google (internet)

O STF, solta ativistas e mira nos supostos financiadores dos atos atidemocráticos.

O inquérito dos atos antidemocráticos foi aberto no ano passado e investigava manifestações realizadas em 2020 que defendiam causas como o fechamento do Congresso, do STF e a adoção de um novo AI-5.

Como noticiado pelo DFMobilidade, na última quinta-feira (01) o ministro Alexandre de Moraes arquivou o inquérito que apurava os atos antidemocráticos que possibilitou a soltura de vários presos políticos como o jornalista Oswaldo Eustáquio, ativista Sara Winter e do Psicólogo Renan Morais.

Foto: Encontro dos presos políticos após decisão de Alexandre de Moraes em arquivar o inquérito: Sara Winter, Oswaldo Eustáquio e Renan Morais acompanhado de  seu advogado Paulo Fernando e familiares – Instagram

Alexandre Moraes mudou o foco e abriu outro inquérito que irá analisar “a presença de fortes indícios e significativas provas apontando a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e política absolutamente semelhantes àqueles identificados no Inquérito 4.781, com a nítida finalidade de atentar contra a Democracia e o Estado de Direito”. É neste processo que o casal Belmonte encontra-se no olho do furacão.

O inquérito contra a deputada federal do DF, Paula Belmonte (Cidadania), e seu marido, o advogado e suplente do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), Luis Felipe Belmonte, por suposto financiamento ao grupo que promoveu ataques com fogos de artifícios contra o tribunal superior.

Esse inquérito será conduzido pela Polícia Federal (PF), terá um prazo inicial de 90 dias e ficará a cargo da delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro.

Na decisão sobre o arquivamento do Inquérito do STF nº 4828, Alexandre de Moraes observa que “foram apontados indícios probatórios de, em tese, eventual pratica de infração penal da deputada federal Paula Belmonte”.

O ministro relata que foi identificado pela autoridade policial um diálogo entre Luis Felipe e Paula, em que o marido justifica a esposa a criação de uma empresa de eventos. “Explica que tal empresa foi montada com o intuito de justificar o dinheiro (R$ 2.000.000,00) de caixa-dois investido campanha de ‘IVAN’”, diz a decisão.

De acordo com a decisão proferida pelo ministro, Luis Felipe Belmonte declarou que tentou comprar um espaço de um tal “Ivan” no Clube do Congresso.

Luis Felipe Belmonte tentou justificar os investimentos direcionados ao tal do “Ivan” quando sofreu uma operação de busca e apreensão em sua residência. Conforme a decisão de Moraes, Felipe Belmonte disse em seu depoimento que tinha a intenção de “comprar a empresa de eventos de propriedade de IVAN, que era arrendatária de um espaço no clube do Congresso; QUE tinha o objetivo de promover eventos artísticos, culturais e esportivo em Brasília”.

No entanto, o marido da deputada Paula Belmonte ao ser questionado sobre um suposto contrato de “investimentos de eventos artísticos” entre ele e Ivan Felipe Dutra, no valor de R$ 2 milhões, nega que o referido contrato tenha sido executado.

Ainda na decisão, Alexandre de Moraes cita que Luis Felipe Belmonte transferiu para a Kufa Sociedade Individual de Advocacia, de propriedade de Karina de Paula Kufa, a quantia de R$ 634.920,00, em outubro de 2019. Karina Kufa é uma das advogadas do presidente Jair Bolsonaro.

 

Felipe Belmonte explicou que a transação se tratava de uma perícia extrajudicial, que está sob sigilo profissional, realizada pelo escritório de Karina Kufa.

Em sua decisão, Moraes apontou uma articulação contra a democracia envolvendo Allan dos Santos, do Canal Terça Livre. De acordo com o ministro, há “fortes indícios” de que o jornalista seria um dos organizadores do que o decano chamou de “ataque à democracia”.

Transferência de recursos

O ministro Alexandre de Morais cita que durante investigação da PF foi constatada a transferência de um pouco mais de R$ 1,7 milhão para a Inclutech Tecnologia da Informação LTDA por empresas ligadas a Luis Felipe Belmonte.

O dono da Inclutech, Sérgio Lima, alegou que tais valores seriam referentes a prestação de serviços em redes sociais e um empréstimo contraído com os Belmontes.

Consta na decisão que Sérgio Lima pediu que Felipe Belmonte conversasse com o senador Petecão (PSD-AC), para que intercedesse junto ao prefeito de Limeira-SP, Mário Botion, também do PSD, para cessar uma suposta cobrança indevida de R$ 4 milhões junto ao empresário Edson Cortez.

Em depoimento à PF, Sérgio Lima se apresenta como amigo da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

Acesse a decisão do ministro Alexandre de Moraes sobre o Inquérito do STF 4828. Clique aqui.

*Com informações do Expressão Brasiliense e Pleno News

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