Trio da esquerda do DF vota contra o PL antifacção e revela o que todo munda já sabe

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Deputados do Distrito Federal que votaram contra o PL antifacção mostraram descompasso com a segurança pública. Eles são ótimos em cobrar, mas quando se trata de defender a bandidagem…eles tem lado.

Nesta quarta-feira (19), a bancada federal do Distrito Federal registrou três votos contrários à aprovação do projeto de lei conhecido como PL antifacção, que amplia sanções penais e possibilita medidas mais duras contra organizações criminosas e milícias. Conforme levantamento do portal Fatos de Brasília, os parlamentares que notoriamente contrariaram a maioria foram: Erika Kokay (PT-DF), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Reginaldo Veras (PV-DF).

Para registro completo:

  • Erika Kokay (PT-DF) → voto contra a proposição.
  • Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) → voto contra.
  • Reginaldo Veras (PV-DF) → voto contra.

O restante da bancada do Distrito Federal — entre os oito deputados federais — votou a favor do texto: Alberto Fraga (PL-DF), Bia Kicis (PL-DF), Fred Linhares (Republicanos-DF), Julio Cesar Ribeiro (Republicanos-DF) e Rafael Prudente (MDB-DF) optaram pelo “sim”.

A votação se deu em ambiente tenso na Câmara dos Deputados, com placar de 370 votos favoráveis e 110 contrários.

É preocupante que figuras da chamada “esquerda” distrital — Kokay, Rollemberg e Veras — se coloquem de modo tão distinto frente a um projeto que tem como objetivo declarado dar aos órgãos de segurança pública ferramentas mais robustas para enfrentamento de facções e milícias. Ao rejeitarem a proposição, deixaram de acompanhar a maioria do País que reconhece a urgência de endurecer a legislação frente ao crime organizado.

Sob a retórica de que haveria “falhas” no texto, esses deputados optaram por sinalizar prioridade menor à segurança — ou, na melhor das hipóteses, uma aposta política de que o endurecimento penal fragilizaria direitos ou interesses diversos. No entanto, em um contexto em que o Estado brasileiro — inclusive no Distrito Federal — sofre pressões crescentes de organizações que exploram o vácuo institucional, a recusa do “sim” soa como recuo.

Vale lembrar que o projeto havia sido enviado pelo governo federal e resultou de um esforço para tipificar condutas como bloqueio de vias, destruição de transporte público, ataques a serviços essenciais e uso de explosivos — práticas típicas de facções. Esses parlamentares que votaram contra agora responderão perante a opinião pública por essa escolha política, enquanto o restante da bancada se alinhou ao endurecimento.

Ao final, a votação dos deputados do Distrito Federal mostra uma cisão clara entre os que colocam a segurança pública como prioridade pragmática e os que resistem à aprovação do PL antifacção por motivações que soam desconectadas da realidade do crime organizado no país. A sociedade esperava unidade no combate — recebeu divergência.

Por Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe do portal DFMobilidade e diretor da Associação Brasileira dos Portais de Notícias (ABBP)

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