Surra memorável! a noite em que Ibaneis atropelou e deixou a esquerda chupando o dedo

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Uma surra memorável: BRB compra outro banco. A noite em que Ibaneis venceu e a esquerda ficou chupando o dedo

Brasília assistiu, no fim de tarde e início de noite desta terça-feira (19/8), a uma cena didática e dramática: a Câmara Legislativa aprovou, por ampla maioria (15 a 7 em dois turnos), o projeto que autoriza o BRB a adquirir participação no Banco Master. A matéria seguiu em ritmo de urgência e consolidou uma vitória superlativa do avassalador Ibaneis.

O essencial, o proejto não é apenas a compra de ações, numa operação estimada em R$ 2 bilhões —, mas o direito de o Distrito Federal decidir se seu banco público será protagonista ou figurante no mercado.

E a resposta, pelo placar, foi um “sim” sonoro, absurdamente sonoro!
A vitória carreada de simbolismo foi ímpar e superlativa, foi o governo Ibaneis dizendo que tem projeto, maioria e, sobretudo, comando. Em política, poder que não se exerce vira vácuo ao adversário. Não foi desta vez. Ibaneis transbordou nos bastidores, simplesmente atropelou.

Enquanto a base alinhou votos, a oposição ensaiou o conhecido discursos inflamados, cheio de retórica e ballet de “adiamento”, do “vamos discutir melhor”, em clima desolador, olhares perdidos e discursos pró labore somente para constar no anais da casa— com gestos e linguagem corporal  de derrotados. Tentaram adiar o segundo turno,  levaram outra porrada tão rapidamente que parecia resposta do Chat GPT, desconcertada e errática.

Eis o paradoxo mais curioso daquela noite: a mesma esquerda que, por décadas, advogou a expansão do Estado como motor civilizatório resolveu, de súbito, temer o crescimento de um banco estatal — mas só porque o maestro da orquestra, desta vez, chama-se Ibaneis Rocha. Quando o Estado é “meu”, vale a epopeia do “Estado forte”; quando o Estado é “do outro”, surge uma súbita devoção pela prudência liberal.

Há um pano de fundo que explica o incômodo: o BRB já foi sinônimo de manchete indigesta. Em 2019, a Operação Circus Maximus mirou a cúpula do banco por fatos ligados às gestões anteriores que sempre postulavam páginas policias, com apurações de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão temerária — investigações que alcançaram ex-diretores da era Rollemberg (PSB) e rastrearam práticas desde 2014. Não foi pouco. E é precisamente sobre esse passado que a oposição prefere soprar poeira, passar pano, como se o problema do BRB fosse “crescer demais”, e não voltar à estagnação confortável das páginas policiais.

No mérito, o projeto aprovado abre grandes possibilidades para sinergias e receitas — inclusive, com promessa de dividendos que retornem à sociedade via políticas públicas, como verbalizou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. É exatamente aqui que a oposição deveria ter centrado o debate: parâmetros de governança, métricas de risco, cláusulas de ajuste e gatilhos de proteção até tentaram, mas não havia conteúdo que os fizessem reverter a desmoralizante derrota. Preferiu, contudo, o discurso de barricada, — o que raramente muda um voto, mas quase sempre rende um corte de vídeo para as redes sociais.

Por: Hamilton Silva — jornalista, editor-chefe do DFMobilidade, economista, vice-presidente do Rotary Club de Brasília e diretor da ABBP.

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