Preço do etanol avança em média no Brasil, mas DF permanece entre estados com queda e competitividade limitada
Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas, mostram que na última semana os preços médios do etanol hidratado apresentaram movimento generalizado de alta em grande parte do país, com nuances regionais importantes que impactam diretamente o bolso do consumidor e a competitividade do biocombustível nas bombas.
Segundo levantamento, os valores subiram em 13 unidades da Federação na comparação com a semana anterior, caíram em outros sete e no Distrito Federal, além de terem ficado estáveis em cinco estados — sem apuração no Acre. No total, o preço médio nacional avançou 0,68%, chegando a R$ 4,42 por litro.
No coração do agronegócio e entre os maiores consumidores, São Paulo registrou leve alta de 0,24%, com o litro do etanol a R$ 4,22, reflexo da variação de preços entre postos e da intensa movimentação da cadeia produtiva no estado.
A maior oscilação positiva foi observada em Goiás, onde a cotação do biocombustível subiu 3,32%, para R$ 4,98 o litro. Em sentido oposto, o maior recuo percentual foi no Piauí, com queda de 2,21%, levando o preço para R$ 4,43.
Entre os extremos regionais, o menor valor encontrado em uma bomba foi de R$ 3,49 por litro em São Paulo, enquanto o maior preço foi localizado em Pernambuco, a R$ 6,49. Mato Grosso do Sul apresentou a mais baixa média estadual (R$ 3,99), e o Amapá, a mais alta (R$ 5,79).
Ainda conforme os dados da ANP — que publica semanalmente pesquisas de preços de combustíveis para orientar consumidores e acompanhar a evolução dos mercados — o etanol mostrou competitividade frente à gasolina em apenas três estados (Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo). Na média nacional, a paridade do etanol frente à gasolina ficou em 71,41%, um patamar desfavorável que tende a desencorajar sua escolha em veículos flex, dependendo do preço da gasolina e da eficiência energética.
A variação regional mais acentuada, aliada à competitividade reduzida em grande parte do país, evidencia como fatores estruturais e logísticos continuam influenciando os preços nas bombas — um cenário que deve seguir pressionando os consumidores nos últimos dias de 2025, em um ano marcado por reajustes setoriais e debates sobre tributação e incentivo aos biocombustíveis no Brasil.
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