Em discurso na tarde desta terça-feira (19/8), durante a convenção que homologou a federação entre União Brasil e Progressistas, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), defendeu publicamente a candidatura de Celina Leão ao Palácio do Buriti e fez críticas duras ao cenário nacional. Para ele, o país “não vive uma plena democracia”, mas “um pouco de ditadura com a pitada do Judiciário”, e precisa de uma “saída democrática” após as eleições de 2026.
Diante de governadores, parlamentares e dirigentes partidários, Ibaneis abriu a fala com agradecimentos e acenos a duas lideranças do novo bloco: o senador Ciro Nogueira e o presidente do União Brasil, Antonio Rueda. Recordou a proximidade de “mais de 30 anos” com Ciro e atribuiu a ele o papel de ter colocado Celina ao seu lado na chapa vitoriosa de 2018. “Não é à toa que hoje nós devolvemos a ela essa gratidão […] com todo o nosso apoio à sua candidatura ao governo do Distrito Federal”, afirmou.
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Em tom político, o governador declarou confiar “na força dessas lideranças para que a gente construa uma saída democrática para este país”, mas sustentou que o quadro atual é de tensionamento institucional: “O que nós vivemos hoje não é uma plena democracia, não. Ela é um pouco de ditadura com a pitada do Judiciário”. Para Ibaneis, o “extremismo político” impede soluções viáveis e a pacificação só virá “após as eleições de 2026”.
Ao falar de articulação, Ibaneis disse ter iniciado um movimento de unidade ao “receber governadores em casa” e celebrou o convite de Rueda e Ciro para os encontros desta terça. Criticou o governo federal, “eleito por apenas dois milhões de votos de diferença”, por supostamente “apostar no atraso do país e na divisão para tentar vencer as eleições do ano que vem”. A fala reforça a estratégia de unificar o campo da nova federação e projetar 2026 como marco de “pacificação” nacional.
Encerrando, o governador exaltou a união de União Brasil e Progressistas — “dois grandes partidos que vão fazer a diferença no futuro do nosso país” — e pediu aceleração nas etapas políticas que virão: “Hoje é dia de celebrar […] que desce hoje de forma firme, com o pé no acelerador. Tamo junto aí, turma!”.
Aspas-chave de Ibaneis Rocha (trechos da fala): — “Nós devolvemos a [Celina] essa gratidão […] com todo o nosso apoio à sua candidatura ao governo do Distrito Federal.”
— “O que nós vivemos hoje não é uma plena democracia, não. Ela é um pouco de ditadura com a pitada do Judiciário.”
— “O extremismo político não está permitindo que a gente crie soluções viáveis […] Acredito que a gente vai sair disso, mas após as eleições de 2026.”
— “O governo de plantão aposta no atraso do país e na divisão para tentar vencer as eleições do ano que vem.”
Convenção que homologou a federação entre União Brasil e Progressistas, realizada nesta terça-feira (19/8), em Brasília.
Foco local: apoio formal de Ibaneis à candidatura de Celina Leão ao GDF em 2026.
Foco nacional: defesa de “saída democrática” pós-2026 e críticas à atuação do Judiciário e do governo federal.
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Assinatura: Hamilton Silva