Erika Kokay erra o alvo e TJDFT desmonta narrativa sobre suposto favorecimento no BRB
A tentativa da deputada federal Erika Kokay (PT-DF) de transformar um financiamento imobiliário regular em escândalo político terminou em mais uma derrota judicial. A 4ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) rejeitou, por unanimidade, a ação movida pela parlamentar contra o senador Flávio Bolsonaro (PL), sua esposa e o Banco de Brasília (BRB), reconhecendo que não houve qualquer irregularidade no crédito de R$ 3,1 milhões concedido ao casal.
Kokay alegava violação à moralidade administrativa e favorecimento político, acusando o banco de flexibilizar suas regras internas para conceder o financiamento. No entanto, o próprio processo demonstrou o contrário: a operação seguiu as normas institucionais, passou por análise colegiada e se baseou em documentação considerada suficiente, incluindo declarações de imposto de renda, contracheques do Senado e comprovação de lucros da empresa da família.
O relator, desembargador Jansen Fialho, foi direto: não houve desvio de finalidade, nem afronta aos princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa. Até mesmo a taxa de juros aplicada, de 3,65% ao ano, embora competitiva, estava alinhada aos parâmetros internos do BRB — e não resultou de qualquer tipo de privilégio.
A decisão expõe um padrão já conhecido na política nacional: parte do discurso oposicionista busca fabricar suspeitas onde não há irregularidades, apostando mais na repercussão do ataque do que na consistência das acusações. No fim, Kokay acabou entregando exatamente o contrário do que pretendia: reforçou a legalidade do ato que tentou questionar.
A Corte encerrou o processo sem prejuízo aos réus e negou provimento ao recurso da deputada. O resultado deixa evidente que, apesar da insistência de certos setores, a instrumentalização política do Judiciário encontra limite quando os fatos são analisados tecnicamente.
Por: Hamilton Silva é jornalista e editor-chefe do portal DFMobilidade
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