O Fórum de Negociação conduzido pelo Ministério da Gestão e Inovação recusou a proposta de equiparação salarial entre a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e a Polícia Federal (PF). A decisão, tomada em reunião na última sexta-feira (22), frustrou a expectativa dos policiais civis, que há anos reivindicam a paridade.
No lugar da equiparação, o governo federal ofereceu apenas um reajuste de 18%, dividido em duas parcelas: a primeira em 2025 e a segunda em 2026. A proposta será levada a assembleia dos policiais civis, ainda sem data definida, para deliberação da categoria.
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), já havia encaminhado ao presidente Lula a demanda por isonomia entre as forças, destacando que os salários das polícias são pagos pelo Fundo Constitucional do DF, sob responsabilidade da União. A negativa, contudo, escancara mais uma vez a falta de prioridade do governo federal em valorizar a segurança pública da capital do país.
A postura de Lula reforça a distância entre o discurso de apoio às forças de segurança e a prática de adiar soluções concretas. Enquanto a equiparação salarial segue sendo promessa empurrada para o futuro, policiais civis convivem com a defasagem frente à Polícia Federal — uma diferença que compromete a motivação e a valorização de quem atua diariamente na linha de frente contra o crime.
✍️ Hamilton Silva
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