A base de esquerda na Câmara Legislativa do DF obstruiu, nesta terça-feira (14), a votação do projeto de lei do deputado Roosevelt Vilela (PL), que prevê a instalação de câmeras de segurança nas salas de aula da rede pública. A proposta, que visa aumentar a segurança de alunos e professores, foi duramente criticada por parlamentares ligados ao PT e ao PSOL, que classificaram as escolas como “templos sagrados da educação” e afirmaram que a medida representa uma invasão do ambiente pedagógico.
O deputado Chico Vigilante (PT) foi um dos mais veementes opositores do projeto, afirmando que “a sala de aula não se vigia, se inspira”. Segundo ele, o monitoramento por câmeras violaria a relação entre professores e alunos e feriria a autonomia das escolas.
Já Roosevelt defendeu o projeto como uma medida necessária diante dos casos de violência e assédio dentro de unidades escolares. “O objetivo não é vigiar professores, mas proteger vidas e garantir um ambiente mais seguro. A transparência é uma aliada da educação, não sua inimiga”, afirmou o parlamentar, prometendo reapresentar a proposta na próxima semana.
Com a obstrução, a votação foi adiada, mas o tema deve voltar à pauta do plenário. Enquanto a esquerda insiste em tratar as salas de aula como espaços intocáveis, o autor do projeto reforça que segurança e ensino podem — e devem — caminhar juntos.
Por: Hamilton Silva Jornalista e editor-chefe do DFMobilidade
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