As escolas de gestão compartilhada do Distrito Federal registraram avaliação expressiva entre a comunidade escolar. Em 11 unidades consultadas, as notas de satisfação ficaram acima de 80% — da mínima de 81,38% à máxima de 98,3%, alcançada pelo CEF 17 de Taguatinga. O levantamento ouviu pais, estudantes, professores e servidores e aponta avanço em disciplina, organização e ambiente seguro.
Implantado em 2019 com quatro escolas-piloto, o modelo cívico-militar é direcionado a áreas de maior vulnerabilidade mapeadas pela Secretaria de Segurança Pública. Segundo a subsecretaria responsável, as comunidades são consultadas antes da adesão, e a presença de equipes militares no cotidiano escolar tem reduzido conflitos e reforçado a cultura de cidadania.
Hoje, a rede soma 25 colégios cívico-militares: 17 com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do DF e 8 com a Polícia Militar. Três deles figuram entre os melhores desempenhos no Ideb da rede pública — CEF 01 (Núcleo Bandeirante), CEF 19 (Taguatinga) e CED 416 (Santa Maria) —, o que reforça a percepção positiva da comunidade sobre resultados acadêmicos.
O plano do GDF prevê chegar a 40 unidades até o fim de 2026. A atuação das equipes militares é focada no contraturno e em rotinas de organização, com 20 a 25 agentes por escola, além de projetos como o de musicalização. O custo médio anual informado para manter cada unidade é de cerca de R$ 200 mil.
Diretores e alunos relatam melhora no clima escolar e queda de ocorrências no entorno. No CEF 17, por exemplo, a direção atribui a alta aprovação a regras claras, acompanhamento de rotinas e ações preventivas que impactam comportamento e rendimento. Pais também relatam trajetos mais tranquilos e maior sensação de segurança para os filhos.
Com base nesses indicadores de satisfação — e mantendo o monitoramento contínuo —, o GDF sustenta que o modelo de gestão compartilhada vem transformando a realidade em regiões com maior vulnerabilidade social, combinando reforço de cidadania, organização do ambiente e foco no aprendizado.
Assinatura: Hamilton Silva
Editor-chefe do DFMobilidade | Vice-presidente do Rotary Club de Brasília (O Pioneiro) | Diretor da ABBP
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