Capelli tenta vender passado como futuro ao bajular Roriz — e, nos bastidores, mira “rasteira” em Leandro Grass
O pré-candidato do PSB ao GDF, Ricardo Capelli, decidiu vestir a fantasia de “rorizista tardio”. Elogiou Joaquim Roriz, disse que quem não reconhece sua atuação “não compreende Brasília” e exaltou a política habitacional do ex-governador. Conveniente: quando falta projeto, sobra nostalgia.
A tática é óbvia. Capelli quer pescar no aquário do eleitorado que cresceu com as novas cidades, reduzindo um legado complexo a slogan. Ao dividir o tabuleiro entre “o povo que enxerga” e “a elite que não vê”, ele tenta posar de outsider — justo ele, figura carimbada do establishment do Maranhão apadrinhado por caciques nacionais. É populismo com verniz.
Enquanto faz afagos ao passado, trabalha no presente para atropelar aliados. Interlocutores do próprio campo relatam que Capelli tem articulado “passar a rasteira” em Leandro Grass, também pré-candidato ao GDF em 2026. Em vez de debate programático, jogo de bastidores. Brasília conhece esse roteiro — e cansa.
Se Capelli realmente “compreende Brasília”, que apareça com plano detalhado para moradia digna, regularização fundiária responsável, transporte integrado e emprego. Homenagem sem proposta é só palanque portátil. E, por aqui, o eleitor anda mais interessado em entrega do que em discurso embalado em saudosismo.
Por: Hamilton Silva – Editor-chefe do DFMobilidade, jornalista e economista
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