BRB defende operação com o Banco Master e afirma que riscos foram “mitigados” por auditorias e garantias

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Em vídeo exclusivo  obtido pela reportagem, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, afirmou que a proposta de aquisição do Banco Master passou por “uma série de auditorias — contábil, fiscal, trabalhista, de tecnologia e operacional” e que “contratualmente… existe um conjunto de garantias” para tratar eventuais passivos. Segundo ele, a forma de pagamento é diferida em seis anos.

A fala ocorre enquanto a Câmara Legislativa do DF (CLDF) discute, nesta terça-feira (19/8), o Projeto de Lei nº 1.882/2025, enviado pelo GDF em 14 de agosto, que autoriza a operação. O texto prevê a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais do Master, somando 58% do capital.

No vídeo, Costa diz “respeitar o processo legislativo” e trata a resistência da oposição como “movimento natural”. Ele sustenta que ativos, passivos e “ajustes de preço” foram identificados durante a diligência e que parte dos ajustes já teria sido implementada no banco alvo.

Contexto: a negociação foi anunciada no fim de março e, desde então, o BRB tem informado que o pagamento — estimado inicialmente em cerca de R$ 2 bilhões — seria feito ao longo de até seis anos, com a compra focada nos ativos considerados mais aderentes à estratégia do banco. A efetivação depende de aprovações regulatórias.

Em 7 de maio, uma decisão judicial condicionou a assinatura do contrato definitivo à autorização prévia da CLDF e dos acionistas do BRB, permitindo apenas atos preparatórios — ponto que levou o tema ao Plenário.

O debate ganhou novos elementos nesta terça: um parecer da Consultoria Legislativa da CLDF apontou insuficiências no projeto e pediu mais informações antes da deliberação, enquanto entidades do setor produtivo divulgaram manifestações públicas a favor da aprovação.

Números projetados pela direção do BRB indicam expansão relevante de escala com a operação, com salto no total de clientes e ativos sob gestão em horizonte de cinco anos — metas reiteradas em entrevistas recentes do executivo.

Próximos passos: se aprovado o PL, a operação ainda terá de cumprir a etapa assemblear no BRB e o crivo do Banco Central, dentro do rito de autorizações para aquisições no sistema financeiro.


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Hamilton Silva — jornalista e editor-chefe do DFMobilidade; economista (UCB); vice-presidente do Rotary Club de Brasília e diretor da ABBP.

 

 

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