O Banco Central do Brasil (BC) aprovou, na noite desta quarta-feira (26/11), a nomeação de Nelson Antônio de Souza como novo presidente do BRB, após a aprovação de seu nome pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que o elegeu por 16 votos a 6.
Veterano do sistema financeiro — iniciou carreira na Caixa Econômica Federal em 1979, passou pela presidência da instituição em 2018–2019, comandou o Banco do Nordeste, liderou empresas públicas e privadas como Desenvolve SP e Brasilcap, e até recentemente ocupava cargo de vice-presidente na Elo Cartões — Souza chega com currículo robusto para tentar aplacar a tempestade que atingiu o banco.
A troca no comando ocorre em meio à crise desencadeada pela operação “Compliance Zero”, da Polícia Federal (PF), que investiga a compra — frustrada pelo BC — de carteiras de crédito suspeitas do Banco Master. A nomeação de Souza, porém, já foi interpretada por críticos como mera reconfiguração do mesmo núcleo de poder ligado ao atual governo do Distrito Federal — com risco de continuidade das práticas que levaram ao colapso.
Sob o argumento de recuperar a liquidez e reorganizar o banco, Nelson afirmou que pretende promover um “choque de gestão”, assegurando que o BRB “é sólido” e que a situação atual seria “momentânea”.
Para cidadãos e investidores: resta acompanhar se a mudança de nome significará, de fato, mudança de práticas — ou se a reestruturação será cosmética.
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