Balanço da Secretaria de Mobilidade aponta para um ano de avanços estruturais e sociais, com o Secretário Zeno Gonçalves destacando o programa Vai de Graça e a tecnologia como chaves para a acessibilidade urbana. Perspectivas para 2026 incluem continuidade de obras viárias e ampliação da malha cicloviária.
O Distrito Federal encerrou 2025 com avanços significativos na área de mobilidade urbana, abrangendo desde a infraestrutura pesada até a inclusão social. O ano foi marcado pela conquista de um financiamento de R$ 444,5 milhões do BNDES para a expansão da Linha 1 do Metrô, a renovação da frota de ônibus e a implementação de políticas públicas de amplo impacto.
A principal dessas políticas, o programa Vai de Graça (transporte gratuito aos domingos e feriados), alterou a dinâmica social da cidade, facilitando o acesso ao lazer e à cultura. Segundo o Secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, a medida consolidou o transporte como ferramenta de apoio à população: “O Vai de Graça é mais um programa de transferência de renda para a população que precisa utilizar ônibus e metrô. O programa fechará o ano com mais de 30 milhões de viagens de graça,” afirmou o secretário.
A gratuidade aos domingos e feriados se tornou uma política de transferência de renda para a população do DF. (Crédito: Agência Brasília)
Metrô, Viadutos e as Obras de Longo Prazo
A agenda de 2025 foi decisiva para o futuro do transporte sobre trilhos e das vias expressas.
Expansão Financiada: O aporte de R$ 444,5 milhões do BNDES garante a expansão da Linha 1 do Metrô-DF, concentrada na construção de novas estações no trecho de Samambaia (estações 35 e 36). Além disso, a licitação para a continuação das obras em Ceilândia está em curso, prometendo mais de 2,3 km de trilhos e novas estações.
Obras Viárias: Para aliviar o congestionamento em áreas críticas, o GDF manteve o ritmo das obras de infraestrutura, incluindo a construção de viadutos no Trecho 2 da EPIG, essenciais para melhorar o fluxo na região do Sudoeste e Octogonal. O recapeamento asfáltico em vias importantes, como a Asa Norte, também foi priorizado.
Frota Renovada: O DF recebeu 343 novos ônibus este ano, sendo 254 renovações, ajudando a reduzir a idade média dos veículos. A frota, agora com 3.063 veículos, é considerada uma das maiores do país equipada com a tecnologia Euro 6, que garante menor emissão de poluentes.
Gestão Digital: A vida do cidadão foi facilitada pela tecnologia. O aplicativo DF no Ponto e o sistema acessível por QR Code fixado nas paradas permitem que o cidadão monitore os coletivos em tempo real, reduzindo o tempo de espera e a incerteza dos usuários.
Rodoviárias Modernas: A concessão da Rodoviária do Plano Piloto prevê R$ 120 milhões em modernização.
Outros terminais foram beneficiados, como a Rodoviária do Gama (R$ 9,1 milhões investidos) e o da Estrutural (em construção, com R$ 3,9 milhões), que agora oferecem cobertura ventilada, acessibilidade e mais conforto.
O transporte de menor escala e a mobilidade ativa tiveram ganhos expressivos em 2025, sinalizando as prioridades para o próximo ano.
Transporte de Bairro: O serviço de zebrinhas foi ampliado para 27 linhas em 15 regiões administrativas, incluindo a estreia do primeiro modelo elétrico, reforçando a conexão entre bairros.
Mobilidade Ativa: O programa Vai de Bike avançou com a construção de 27 km de ciclovias, elevando o total da malha para 737 km. O serviço de patinetes elétricos também se expandiu, operando com 2.700 veículos em dez regiões.
Projeções para 2026: A perspectiva para o próximo ano é de continuidade nas obras de infraestrutura viária e na instalação de abrigos. A Semob planeja implantar 2.000 novos abrigos de concreto em todo o DF a partir de janeiro, buscando elevar o conforto e a segurança dos passageiros enquanto aguardam o transporte.
