José Roberto Arruda insiste na conquista de poder e cena política como quem tenta ressuscitar o passado — e de quebra, “puxar o tapete” de quem está no controle.
Após perder espaço no PL (aliás o PL está cheio de Arrudas) de Valdemar Costa Neto, o ex-governador agora tenta emplacar um novo golpe político: tomar o comando do PSDB-DF, hoje sob as mãos do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar — aliado direto de Ibaneis Rocha e Celina Leão. A jogada é orquestrada com a ajuda de um velho conhecido: o mineiro Aécio Neves, que deve reassumir a presidência nacional da legenda em novembro.
Nos bastidores, fontes apontam que Arruda e Aécio se encontraram no Rio de Janeiro semana passada para definir “a estratégia” a ser aplicada em Avelar e Marconi Perillo, atual presidente nacional do PSDB. Como já havia adiantado aqui na semana passada.
O plano seria claro: destituir o delegado da Polícia Federal do comando local e transformar o ninho tucano em abrigo para os aliados de Arruda, isolado politicamente e ainda inelegível.
Alguns especulam como uma mudança para o PSD de Paulo Octávio fato desestimulado pela ampliação da base governista de Ibaneis que desmembrou a Secretaria da Família e Juventude para agraciar André Kubitschek, filho de Paulo Octávio. A não ser que Arruda tenha mudado de ideia e concorde em disputar uma vaga a deputado.
Mas o problema de José Roberto não é apenas partidário. Seu nome carrega o peso de escândalos que marcaram a história recente de Brasília: do “mensalão do DEM” à Operação Caixa de Pandora, passando pelo famoso “painel eletrônico do Senado”, que o fez renunciar ao mandato em 2001.
Agora, com a ficha suja e o prestígio em baixa, Arruda ensaia um retorno embalado por discursos populistas e pela esperança de um empurrão do governo Lula — que precisaria alterar a Lei da Ficha Limpa para torná-lo elegível novamente. Ironia das grandes: o homem que um dia se dizia vítima do “sistema” hoje depende do próprio sistema para tentar voltar ao poder.
Enquanto isso, Sandro Avelar segue firme no PSDB, com o respaldo do grupo de Ibaneis Rocha, observando de camarote mais uma tentativa de Arruda de se reinventar às custas de um partido — e de Brasília.
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— Por: Hamilton Silva – Jornalista e editor-chefe do DFMobilidade




