O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, pouco antes das 9h30 deste domingo (6), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Aragchi, primeiro líder estrangeiro a chegar para a 17ª Cúpula de Líderes do Brics .
A 17ª Cúpula do Brics, realizada nos dias 6 e 7 de julho no Rio de Janeiro sob a presidência rotativa do Brasil, reúne chefes de Estado e de governo dos 11 países-membros — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Irã, Indonésia, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos — além de parceiros e convidados, com o objetivo de discutir reformas das instituições globais, segurança, desenvolvimento sustentável e governança econômica .
Até as 10h10, após a chegada de Aragchi, desembarcaram no MAM o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o primeiro-ministro egípcio Mostafa Madbouly, o príncipe Khalid Bin Mohamed Bin Zayed Al-Nahyan (EAU), o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa e o ministro russo Sergey Lavrov — todos também recebidos em cerimônia bilateral pelo presidente Lula .
O Irã, admitido como membro pleno do Brics na cúpula de Cazã, em outubro de 2024, busca reforçar a cooperação em energia, tecnologia e sistema bancário, alinhando-se ao esforço do grupo para apresentar uma alternativa multilateral ao protecionismo ocidental .
Em fórum empresarial realizado na véspera, Lula enfatizou a importância dessa estratégia:
“Diante do ressurgimento do protecionismo, cabe às nações emergentes defender o regime de comércio multilateral e reformar a arquitetura financeira internacional.”
Nesta manhã, as sessões de trabalho no MAM trataram de paz, segurança e reforma da governança global, seguindo-se debates temáticos sobre inteligência artificial, financiamento climático e doenças socialmente determinadas. Está prevista para esta segunda-feira (7) a declaração conjunta dos líderes, além de três manifestos setoriais .
A recepção ao chanceler iraniano ocorre em um momento de profundas disputas geopolíticas, com o Brics buscando ampliar sua influência no Sul Global e apresentar-se como interlocutor de uma ordem internacional mais equilibrada, diante das divisões observadas em blocos como G7 e G20 .
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