O ex presidente, Jair Bolsonaro, postou em suas redes sociais um vídeo comentando sobre o assassinato de Marielle que a mídia sempre se esforçou para ligá-lo a ele.
Em delação premiada, o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de executar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e seu motorista Anderson Gomes, apontou quem seria um dos mandantes do crime. De acordo com ele, trata-se do Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ). As informações foram divulgadas pelo The Intercept Brasil.
Segundo o veículo, a principal hipótese que motivou Domingos a encomendar a morte seria uma vingança contra o ex-deputado estadual do PSOL, Marcelo Freixo, que atualmente comanda a Embratur e é filiado ao Partido dos Trabalhadores. Domingos e Freixo teriam enfrentado embates políticos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, anos atrás.
Domingos Brazão foi preso em 2017, acusado de receber propina de empresários. A operação, batizada de Quinto do Ouro, decorreu da Lava Jato. Por esse motivo, ele passou quatro anos afastado do TCE-RJ. Em 2019, o conselheiro foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de obstruir as apurações do caso Marielle.
Já o policial Ronnie Lessa está preso desde 2019, tendo sido condenado em 2021 por se livrar de provas sobre o caso. Sua delação ainda precisa passar por homologação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois Domingos possui foro privilegiado devido ao seu cargo no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.