Vaza Toga expõe ‘gabinete paralelo’: ordem seria “bloquear tudo” de Constantino e Fiuza

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Mensagens apontam ordem de bloqueio a perfis de Constantino e Fiuza em “gabinete paralelo” de Moraes

Mensagens trocadas em 22 de novembro e 27 de dezembro de 2022, atribuídas a auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, indicam que os jornalistas Rodrigo Constantino e Guilherme Fiuza foram alvo de orientações internas para restringir suas redes. Em um dos diálogos, o juiz auxiliar Airton Vieira teria determinado: “Vamos bloquear tudo desse cara e prever multa”, em referência a conteúdo de Constantino que criticava medidas do TSE contra “desordem informacional”. Dias depois, o grupo teria recuado do bloqueio e sugerido desmonetização. As trocas foram publicadas neste sábado (31.ago.2025) pela série “Vaza Toga”.

No caso de Fiuza, relatório compartilhado em 27 de dezembro de 2022 pelo então chefe da Assessoria de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, recebeu aval de integrantes do núcleo e a frase “vamos mandar bala”, segundo as mensagens divulgadas.

As novas revelações se somam a capítulos anteriores que descrevem tentativas de retirar plataformas do ar — como a rede Gettr, em outubro de 2022 — e detalham a atuação de um grupo informal associado ao gabinete de Moraes quando o ministro acumulava funções no STF e na presidência do TSE.

No Senado, a Comissão de Segurança Pública marcou para terça-feira (2.set.2025) uma audiência com Tagliaferro, que confirmou participação por videoconferência após ter sido apontado como responsável por vazar informações do período em que atuou no TSE.

Procurado por veículos de imprensa, o STF foi questionado sobre as mensagens e, até a última atualização de reportagens consultadas, não havia resposta pública. Quando a “Vaza Toga” veio à tona, o gabinete de Moraes afirmou que pedidos foram feitos a diversos órgãos no âmbito dos inquéritos das chamadas milícias digitais e fake news, citando competências do TSE.

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