Trump anuncia nova taxa comercial ao Brasil em retaliação ao Brics

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Em reunião na Casa Branca com os presidentes de Gabão, Guiné-Bissau, Libéria, Mauritânia e Senegal, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que “o Brasil não tem sido bom para nós” e antecipou o anúncio de uma nova tarifa sobre as exportações brasileiras “entre a tarde de terça-feira e a manhã de quarta-feira (10/7)” . Simultaneamente, em postagem no Truth Social, Trump confirmou que aplicará uma sobretaxa de 10% aos países do Brics, grupo ao qual o Brasil pertence, “sem exceções” .

Essa iniciativa integra a política tarifária de 2025 batizada por Trump de “Liberation Day”, que começou em 2 de abril com a imposição de uma tarifa universal de 10% sobre todas as importações, seguida de alíquotas setoriais de até 20% em bens selecionados e cartas de notificação a mais de 14 países para aplicação de tarifas recíprocas a partir de 1º de agosto, caso não se firmem novos acordos comerciais . No caso específico do Brasil, essa base de 10% foi estabelecida em 2 de abril de 2025, gerando reações mistas: exportadores de café celebraram a maior competitividade frente a rivais internacionais, enquanto empresas como a Embraer manifestaram preocupação com o aumento de custos e complexidade nas cadeias de suprimento .

O governo brasileiro, por sua vez, reagiu de imediato: em discurso na cúpula do Brics no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “o mundo não quer um imperador” e que “não aceitamos intromissão de quem quer que seja em nossas decisões soberanas”, reiterando o compromisso do Brasil com o multilateralismo e o livre-comércio . Em nota oficial, o Itamaraty indicou que o Brasil estuda medidas “inclusive junto à Organização Mundial do Comércio” para defender seus interesses .

Analistas alertam que a escalada tarifária poderá agravar as tensões comerciais globais e pressionar setores estratégicos da economia brasileira, especialmente commodities como café, carne bovina e minério de ferro. Em 2024, o Brasil registrou superávit comercial de US$ 253 milhões com os Estados Unidos, porém a ampliação das barreiras pode reverter parcialmente esse resultado e elevar custos para importadores e consumidores brasileiros .

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