O trecho do Rodoanel Mário Covas (km 44), em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo), foi totalmente liberado na manhã desta quarta-feira após aproximadamente cinco horas de interdição em razão de um falso artefato explosivo localizado em uma carreta. Segundo a Polícia Militar de São Paulo (PM), o objeto identificado como bomba era, na verdade, um simulacro.
De acordo com o capitão Leonardo Simões, porta-voz da PM, o Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) realizou a perícia no local e constatou que o material não apresentava risco de explosão.
A principal hipótese levantada pelas autoridades é de roubo de carga com sequestro do motorista — este foi encontrado com mãos amarradas, dentro da cabine, fotobrisa com marcas de impacto — e não de surto isolado, como cogitado inicialmente.
A ocorrência teve início por volta das 5h25, quando o motorista acionou a concessionária informando ter sido rendido por três homens armados, obrigado a atravessar a carreta na via e mantido refém com a suposta bomba. As equipes do GATE chegaram de helicóptero por volta das 8h20 para iniciar a operação. O motorista foi retirado da cabine às 9h20. A pista foi totalmente liberada por volta das 10h15, quando o veículo foi retirado da via. O bloqueio causou até 30 km de congestionamento em ambos os sentidos.
Após o resgate, o caminhoneiro foi levado ao hospital local, tendo desmaiado ao ser retirado da cabine. Não há, até o momento, informações públicas sobre o seu estado de saúde. O veículo, da empresa Sitrex, estava sem carga e seguia do Acre a São Bernardo do Campo (ABC Paulista). A investigação agora fica a cargo da Polícia Civil de São Paulo para apurar autoria e circunstâncias.
Conclui-se que, embora a situação tenha gerado alerta e congestionamento significativo, o episódio funcionou como um simulacro de bomba, possivelmente para dar cobertura ao crime de roubo de carga. Resta à polícia identificar os responsáveis e interromper este tipo de modus operandi.
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